Thursday, October 09, 2008

REFLEXÃO DO DIA


O mais sublime e transcendental dos atos da natureza, o que assegura a reprodução das espécies e a conseqüente multiplicação e perpetuação da vida, foi transformado, pelo homem, em algo trivial, banal, de pouca importância espiritual, mera diversão a dois. Foi corrompido, desvirtuado, aviltado e banalizado, quando deveria ser considerado sagrado e encarado como nossa maior responsabilidade. Não se trata de ditar regras de moral, mas de atentar para a pura lógica que, neste caso, é violentada da forma mais absurda e brutal. Machado de Assis, com seu talento, apresenta argumentos irretorquíveis em defesa da sacralidade do ato sexual, numa de suas magistrais crônicas, ao escrever: “Como a vida é o maior benefício do universo, e não há mendigo que não prefira a miséria à morte, segue-se que a transmissão da vida, longe de ser uma ocasião de galanteio, é a hora suprema da missa espiritual”. Há como refutar, com idéias e não meras palavras, tão sábio e verdadeiro argumento?

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