Saturday, June 21, 2008

Soneto à doce amada - VI


Pedro J. Bondaczuk

Viu, minha doce amada, como brilha
o sol nesta manhã clara e serena?
Sonhar é bom, mas a alma é pequena.
Nenhum homem pode ser uma ilha.

Erga a cabeça, não perca a esperança.
Reuna forças. Sorria até.
Jamais permita que abale sua fé
o esquivo monstro da desconfiança.

Viu como é fácil, minha doce amada,
conservar uma visão deslumbrada
e se livrar do ciúme e do rancor?

Em tendo confiança no futuro,
pequena, doce amada, eu lhe asseguro:
não há que temer pelo nosso amor.

Campinas, 27 de janeiro de 1969

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