A verdadeira caridade é espontânea, generosa, mas, sobretudo, silenciosa. Exclui o alarde, as atenções públicas e a auto-promoção de quem beneficia alguém. Essas atitudes tendem a humilhar o beneficiado. Se organizarmos, por exemplo, uma festa de Natal para uma comunidade carente, que esta seja, se possível, anônima. Se vier acompanhada de câmeras de televisão, não se tratará de caridade, mas de auto-promoção. Não passará de investimento na própria imagem, com vistas a vantagens futuras, como a disputa de algum cargo político, por exemplo. A caridade é virtude, e das mais nobres. A auto-promoção, por seu turno, embora beneficie o próximo, é mero apelo à vaidade, um dos chamados “pecados capitais”. Bem diz o ditado: “Que sua mão esquerda nunca saiba o que a direita deu”. Coelho Neto nos lembra, a propósito: “A verdadeira caridade é impalpável como a luz e invisível como o perfume: dá calor, dá aroma, mas não se deixa tocar nem ver”.
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