Há pessoas que garantem que não se surpreendem com nada. Deveriam se surpreender. Se não estiverem mentindo, provavelmente não estão atentas ao que lhes ocorre, ou ao que se desenvolve ao seu redor. Afinal, por mais previsíveis que os acontecimentos sejam, sempre escondem surpresas (boas ou más). São elas que os marcam e os tornam especiais. Mesmo as surpresas desagradáveis têm, lá, a sua utilidade. Servem-nos como lições, para sermos mais cautelosos e precavidos em nossas atitudes e comportamentos. Os homens sábios e sensatos não lamentam erros e sofrimentos, mas aprendem com eles e crescem com esse aprendizado. Só os fracos, os despreparados e os incautos perdem seu tempo com inúteis e vazias lamentações. A vida é toda ela constituída de surpresas. Daí ter tamanho encanto. Respeito quem não concorde comigo, mas estou plenamente de acordo com André Gide que, num de seus ensaios, observa: “O homem sensato é aquele que se surpreende com tudo”.
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