A vida é muito mais breve do que desejamos. Apenas nossas boas obras (se as tivermos) podem nos sobreviver e permanecer na memória das gerações. Para que isso aconteça, porém, não basta que o que fizermos seja útil, inovador ou original. É necessário que seja conhecido e valorizado. Isso só será possível se nos doarmos ao próximo. Se entendermos que sozinhos não somos ninguém e pouco (ou nada) podemos, pois não passamos de um elo de uma corrente. Se um só deles for frágil e frouxo, esta, fatalmente, se romperá. Somos uma das tantas pedras de uma catedral. Parece função pequena, mas não é. Afinal, se uma delas, qualquer que seja, ceder, todo o edifício haverá de ruir. Antônio Arnault afirma, num trecho do livro “Noites afluentes”: “Breve é a vida e o seu rasto. A posteridade é apenas a memória acesa de uma vela efêmera. Para que a memória não se apague, temos que nos dar uns aos outros, como elos de uma corrente ou pedras de uma catedral”.
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