Friday, June 06, 2008

REFLEXÃO DO DIA


Amiúde nos mostramos impacientes com as atitudes mais inocentes e naturais dos moços, reprimindo seus atos, modos de falar e de vestir e sua espontânea efusão de alegria, esquecidos que um dia tivemos essa mesma idade e nos sentíamos revoltados e mortificados quando nos reprimiam. Implicamos com suas palavras, posturas, namoros e rebeldia, agindo como se fôssemos seus “donos”. Tratamo-los como se devessem manter irrestrita obediência ao que ordenamos, como se fossem robôs. Cabe-nos, sim, orientá-los, mas com respeito, doçura e bom-senso (e com energia, quando essa se fizer necessária) para impedir que enveredem por caminhos ostensivamente perigosos ou maléficos. No mais... devemos ser seus cúmplices, parceiros, aliados na busca da felicidade. Machado de Assis escreveu o seguinte, no romance “Memorial de Aires”, a propósito desse nosso comportamento autoritário e sem-sentido: “A vida é um direito, a mocidade, outro, perturbá-los é quase um crime”.

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