Pedro J. Bondaczuk
Minha doce amada, o tempo implacável
nos aniquila momento a momento
e um dia rouba o derradeiro alento,
pois nada existe que seja durável.
Os astros que brilham no firmamento,
e o universo, julgado infinito,
têm seu futuro atado, circunscrito
aos grilhões do tempo, que escoa lento.
Nada escapa à fúria destruidora,
à ação corrosiva que leva ao nada
da entidade que criou a vida.
Resta, porém, a emoção duradoura
do amor, chama que jamais é perdida,
força viva, que é sempre renovada.
Campinas, 14 de fevereiro de 1969
Minha doce amada, o tempo implacável
nos aniquila momento a momento
e um dia rouba o derradeiro alento,
pois nada existe que seja durável.
Os astros que brilham no firmamento,
e o universo, julgado infinito,
têm seu futuro atado, circunscrito
aos grilhões do tempo, que escoa lento.
Nada escapa à fúria destruidora,
à ação corrosiva que leva ao nada
da entidade que criou a vida.
Resta, porém, a emoção duradoura
do amor, chama que jamais é perdida,
força viva, que é sempre renovada.
Campinas, 14 de fevereiro de 1969
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