Monday, September 11, 2006

Sucesso planejado


Pedro J. Bondaczuk


O sucesso não acontece por acaso. É fruto de planejamento, esforço, preparo e, sobretudo, vontade. As pessoas, para serem bem-sucedidas, precisam querer isso, mas de uma forma prática, construtiva, consciente e subconscientemente, além de acreditar nessa possibilidade.
Esse é o teor, resumido, de um curso que o doutor Lair Ribeiro – médico brasileiro, radicado nos Estados Unidos, que além de cardiologista, é treinado em várias áreas da Psicologia e autor de mais de cem publicações científicas em âmbito internacional – ministrou em Campinas, cidade em que resido, há alguns anos, e que tive a oportunidade de assistir.
O eminente cientista, graduado pelo Instituto de Neurolingüística de Nova York e pelo Instituto de Brain Technology de Colorado, membro ativo das Sociedades Americanas de Neurolingüística e Treinamento de Pessoal, defendeu, na oportunidade, a tese de que o cérebro humano é um computador que pode ser programado para o sucesso ou o fracasso, para construir ou destruir, para prolongar a vida ou a extinguir abruptamente.
Inúmeros pensadores já disseram, das formas mais variadas, tudo isso, como “a fé remove montanhas”, “querer é poder” etc., que embora sejam verdades comprovadas e testadas, não são levadas em conta, por já terem se transformado em clichês.
Mas o sucesso não acontece por acaso. Sorte, por exemplo, não é nada mais do que a pessoa se encontrar no lugar certo, na hora adequada, para aproveitar determinadas oportunidades. E para que isso ocorra, evidentemente, ela precisa estar predisposta, preparada, apta a não deixar fugir a chance, que pode ser a única (ou não).
O cérebro humano precisa de estímulos, de ginástica, de exercícios. Quanto mais vier a ser exigido, mais ampliará o seu alcance, sua capacidade de retenção e elaboração de informações. Pensar não dói e é um ato saudável. Mas como é o cérebro que comanda todas nossas emoções e ações, a qualidade, e o teor, desses pensamentos são muito importantes. Quem, por exemplo, não projeta na mente um futuro brilhante, pode estar abreviando a própria vida. O pessimismo é um veneno que mata lenta e metodicamente.
Inúmeras experiências provaram que a vontade opera milagres. Há pessoas que morrem de repente, sem que tenham qualquer doença, e ninguém sabe explicar a razão. Investigando seu comportamento, todavia, invariavelmente se descobrem que elas não tinham esperanças, ambições a serem conquistadas, sonhos a serem concretizados, alegria e nem vontade de viver.
Alguns monges no Japão programaram suas próprias mortes, marcando, inclusive, dia e hora. E morreram no momento exato que queriam, de causas naturais, sem que tivessem qualquer doença ou sofressem algum eventual acidente. Simplesmente apagaram, como a chama de uma vela em um vendaval.
Quando se diz que Nostradamus adivinhou a data da sua morte, com antecedência de muitos anos, é uma afirmação incorreta. Ele, na verdade, programou-a em seu cérebro, talvez, até, involuntariamente.
Um grupo de pesquisadores norte-americanos estudou, durante 25 anos, aproximadamente mil milionários, rigorosamente selecionados, para avaliar o por quê do seu sucesso. Dessa pesquisa, resultaram seis características presentes em quase todos eles: auto-estima, comunicação, capacidade de estabelecer metas, atitude otimista, amor ao trabalho e ambição.
Seria mera coincidência? Para pessoas como o doutor Lair Ribeiro, como Dale Carnegie, como Norman Vincent Peale, como Napoleon Hill e outros tantos programadores de cérebros, não. Nada é mais pernicioso, inútil e destrutivo do que o pessimismo, o derrotismo, o permanente mau-humor.
Mais inteligente é expandir as fronteiras do nosso raciocínio até onde isso for possível, permanentemente, de forma sistemática, pois este é o significado básico do exercício do livre-arbítrio, que é aquilo que distingue o homem da besta bronca. O sucesso não ocorre por acaso, embora não seja fácil. Que tal enfrentar o desafio? O resultado, certamente, será para lá de compensador. Tente!!!

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