Saturday, December 18, 2010




Soneto à doce amada - C

Pedro J. Bondaczuk

Emerge, das brumas da memória,
bela, jovem e iluminada,
qual ícone, figura sagrada,
que integrou a minha longa história,

a sua imagem que me seduz.
Até mesmo sinto seu perfume,
cega-me o intensíssimo lume
do seu olhar, banhado de luz.

E eu, cansado da minha andança,
imprudente, como uma criança,
tento tocá-la com minha mão.

Não posso...Fracasso...Frustração...
Esvai-se minha louca esperança:
Você é miragem...ilusão...

(Soneto composto em 27 de dezembro de 2004 em Campinas).

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