Iniciativa louvável
Pedro J. Bondaczuk
A Editora Objetiva, em louvável, inteligente e oportuna iniciativa, que visa a aproximar escritores brasileiros de potenciais leitores do futuro, lançou, há já algum tempo, a coleção “Para ler na escola”.
Ela é composta de obras de astros das letras nacionais, ou seja, daqueles literatos que já se tornaram consagrados por suas produções, como João Cabral de Melo Neto, Ruy Castro, Carlos Heitor Cony, José Roberto Torero, Ignácio de Loyola Brandão, Marcelo Rubens Paiva, Moacyr Scliar, Zuenir Ventura, Ronaldo Correia de Brito, Bartolomeu Campos Queiroz e João Ubaldo Ribeiro.
Como se vê, são autores “top de linha”, que não podem faltar em uma boa biblioteca que se preze. A meta imediata da Objetiva é a de aproximar alunos, notadamente do ensino médio, com cultura (ao menos teoricamente) razoável, de livros que se tornaram fundamentais à literatura brasileira, por sua testada e comprovada qualidade.
Por ter como público-alvo estudantes não habituados (ainda) a ler, a editora preocupou-se, também, com o aspecto visual das obras da coleção. Para tanto, pôs em andamento um projeto gráfico especial, bonito e de bom-gosto, que não estaríamos errados se classificássemos de “pop”, para facilitar a leitura, tornando-a o que de fato é, e sempre deveria ser: um imenso prazer, uma atividade lúdica e, portanto, deliciosa.
Mas a coleção não prima, óbvio, só pelo visual, pois se o fizesse, a iniciativa não teria, lá, grandes chances de se sustentar. A preocupação básica dos editores é com o conteúdo, ou seja, com os temas tratados.
Como os livros se destinam aos jovens, os assuntos escolhidos são os que se referem à juventude ou agradem leitores mal saídos da adolescência. São apresentados, pois, aos estudantes, crônicas, contos, poesias etc. enfocando coisas da sua realidade, como cinema, vestibulares, infância, a vida e a rotina colegiais, esportes e vai por aí afora.
O diferencial está em quem escreve tudo isso. E quem o faz, são os escritores mais consagrados e com maior visibilidade da atualidade, cujos nomes (de alguns deles) já relacionamos. Outros, certamente, deverão ser convidados a participar dessa coleção.
Iniciativas como esta, da Objetiva, deveriam ser mais bem divulgadas e (por que não?) imitadas por outras editoras. Por que? Por trazerem óbvias vantagens e benefícios para todos. Se não, vejamos.
Beneficia os estudantes, dando-lhes a oportunidade de conhecerem as produções dos melhores escritores nacionais, e de forma leve e agradável. Os professores se beneficiam também, pois podem motivar os alunos ao exercício da leitura pela simples persuasão e não pela contraproducente e antipática coação.
Os autores, por seu turno, terão expandido o universo do seu público consumidor, atual e do futuro. E, finalmente, os editores poderão expandir vendas, cobrir custos de livros não-rentáveis, fazer caixa e, quem sabe, baratear esse produto, de primeiríssima necessidade espiritual que, convenhamos, ainda é caro em demasia para a realidade econômica brasileira.
A seleção de autores e textos, diga-se de passagem, não é aleatória e sem método (e nem poderia ser). Não foi feita, digamos, por leigos, ou por “meros curiosos”, que priorizem gostos pessoais, nem sempre tão bons quanto pensam.
A tarefa foi entregue à competência de renomados professores, especializados em educação (principalmente em pedagogia) e em Literatura, entre os quais destaco Regina Zilberman e Marisa Lajolo, entre outros.
Ah, antes que os maliciosos me questionem (e sempre há chatos, que costumam achar, até, pêlo em ovo), esclareço que esta divulgação que faço, de uma coleção tão preciosa e oportuna, e principalmente desta iniciativa inteligente e louvável por qualquer aspecto, de aproximar estudantes e escritores, é, rigorosamente, gratuita e espontânea.
Não sou contratado da Objetiva, editora com a qual jamais mantive qualquer espécie de contato, formal ou informal. A divulgação de coisas boas, que tragam tantos benefícios, aliás, é algo que até se impõe como obrigação, principalmente para quem, como este Editor, respira, bebe e se alimenta o tempo todo de Literatura.
Tudo o que se faça para incentivar a leitura, estejam certos, rende dividendos altamente positivos mais adiante. Pois, como enfatizou Castro Alves, no poema “O livro e a América”: “O livro, caindo na alma,/é germe que faz a palma,/é chuva que faz o mar”.
Acompanhe-me no twitter: @bondaczuk
Pedro J. Bondaczuk
A Editora Objetiva, em louvável, inteligente e oportuna iniciativa, que visa a aproximar escritores brasileiros de potenciais leitores do futuro, lançou, há já algum tempo, a coleção “Para ler na escola”.
Ela é composta de obras de astros das letras nacionais, ou seja, daqueles literatos que já se tornaram consagrados por suas produções, como João Cabral de Melo Neto, Ruy Castro, Carlos Heitor Cony, José Roberto Torero, Ignácio de Loyola Brandão, Marcelo Rubens Paiva, Moacyr Scliar, Zuenir Ventura, Ronaldo Correia de Brito, Bartolomeu Campos Queiroz e João Ubaldo Ribeiro.
Como se vê, são autores “top de linha”, que não podem faltar em uma boa biblioteca que se preze. A meta imediata da Objetiva é a de aproximar alunos, notadamente do ensino médio, com cultura (ao menos teoricamente) razoável, de livros que se tornaram fundamentais à literatura brasileira, por sua testada e comprovada qualidade.
Por ter como público-alvo estudantes não habituados (ainda) a ler, a editora preocupou-se, também, com o aspecto visual das obras da coleção. Para tanto, pôs em andamento um projeto gráfico especial, bonito e de bom-gosto, que não estaríamos errados se classificássemos de “pop”, para facilitar a leitura, tornando-a o que de fato é, e sempre deveria ser: um imenso prazer, uma atividade lúdica e, portanto, deliciosa.
Mas a coleção não prima, óbvio, só pelo visual, pois se o fizesse, a iniciativa não teria, lá, grandes chances de se sustentar. A preocupação básica dos editores é com o conteúdo, ou seja, com os temas tratados.
Como os livros se destinam aos jovens, os assuntos escolhidos são os que se referem à juventude ou agradem leitores mal saídos da adolescência. São apresentados, pois, aos estudantes, crônicas, contos, poesias etc. enfocando coisas da sua realidade, como cinema, vestibulares, infância, a vida e a rotina colegiais, esportes e vai por aí afora.
O diferencial está em quem escreve tudo isso. E quem o faz, são os escritores mais consagrados e com maior visibilidade da atualidade, cujos nomes (de alguns deles) já relacionamos. Outros, certamente, deverão ser convidados a participar dessa coleção.
Iniciativas como esta, da Objetiva, deveriam ser mais bem divulgadas e (por que não?) imitadas por outras editoras. Por que? Por trazerem óbvias vantagens e benefícios para todos. Se não, vejamos.
Beneficia os estudantes, dando-lhes a oportunidade de conhecerem as produções dos melhores escritores nacionais, e de forma leve e agradável. Os professores se beneficiam também, pois podem motivar os alunos ao exercício da leitura pela simples persuasão e não pela contraproducente e antipática coação.
Os autores, por seu turno, terão expandido o universo do seu público consumidor, atual e do futuro. E, finalmente, os editores poderão expandir vendas, cobrir custos de livros não-rentáveis, fazer caixa e, quem sabe, baratear esse produto, de primeiríssima necessidade espiritual que, convenhamos, ainda é caro em demasia para a realidade econômica brasileira.
A seleção de autores e textos, diga-se de passagem, não é aleatória e sem método (e nem poderia ser). Não foi feita, digamos, por leigos, ou por “meros curiosos”, que priorizem gostos pessoais, nem sempre tão bons quanto pensam.
A tarefa foi entregue à competência de renomados professores, especializados em educação (principalmente em pedagogia) e em Literatura, entre os quais destaco Regina Zilberman e Marisa Lajolo, entre outros.
Ah, antes que os maliciosos me questionem (e sempre há chatos, que costumam achar, até, pêlo em ovo), esclareço que esta divulgação que faço, de uma coleção tão preciosa e oportuna, e principalmente desta iniciativa inteligente e louvável por qualquer aspecto, de aproximar estudantes e escritores, é, rigorosamente, gratuita e espontânea.
Não sou contratado da Objetiva, editora com a qual jamais mantive qualquer espécie de contato, formal ou informal. A divulgação de coisas boas, que tragam tantos benefícios, aliás, é algo que até se impõe como obrigação, principalmente para quem, como este Editor, respira, bebe e se alimenta o tempo todo de Literatura.
Tudo o que se faça para incentivar a leitura, estejam certos, rende dividendos altamente positivos mais adiante. Pois, como enfatizou Castro Alves, no poema “O livro e a América”: “O livro, caindo na alma,/é germe que faz a palma,/é chuva que faz o mar”.
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