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Fernando Pessoa, ele próprio um intelectual genial, hoje reconhecido por todos como desses raros talentos marcantes, que surgem apenas de quando em quando, escreveu a respeito da genialidade: "O gênio é a insanidade tornada sã pela diluição do abstrato, como um veneno convertido em remédio mediante mistura. Seu produto próprio é a novidade abstrata – isto é, uma novidade que, no fundo, se conforma com as leis gerais da inteligência humana e não com as leis particulares da doença mental. A essência do gênio é a inadaptação ao ambiente; é por isso que o gênio (a menos que seja acompanhado de talento de espírito) é em geral incompreendido pelo seu ambiente; e eu digo 'em geral' e não 'universalmente' porque muito depende do ambiente. Não é a mesma coisa ser um gênio na antiga Grécia e na moderna Europa ou no mundo moderno".
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