Saturday, May 29, 2010




A corrida desesperada e insensata por bens materiais – que se convencionou chamar de “riqueza” – ou pelo “poder”, que nada pode, já que é incapaz de nos livrar da morte, não resiste à mais simples análise. Trata-se de enorme perda de tempo e de energia. Desvia-nos do nosso verdadeiro papel na vida: o de agentes da preservação e da evolução da espécie. Nada, portanto, é mais ilógico e irracional do que o egoísmo. Nada é mais sem sentido do que ajuntar bens, que no final das contas não nos pertencem de fato, mas sobre os quais temos somente posse transitória. O homem depende de forças cósmicas descomunais para viver. A simples colisão de um corpo celeste qualquer (como o cometa Shoemacker-Levy, por exemplo, que se chocou com Júpiter em julho de 1994), com a Terra acabaria com a vida, em questão de horas, neste planetazinho turbulento e insignificante. É a razão que dá grandeza ao ser humano e o aproxima da divindade.

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