Monday, September 07, 2009

REFLEXÂO DO DIA


Nem tudo é alegria, delírio e encantamento quando estamos apaixonados. Há momentos (raros) de intenso sofrimento, que chega a ser até físico, quando vivemos essa situação. São os que antecedem os encontros com o foco, o motivo, o alvo da nossa paixão. As horas parecem se multiplicar, dá a impressão que o tempo parou e a ansiedade se torna aguda, furiosa, insuportável e nos causa profundo desconforto. Subitamente... eis que vemos a amada à distância, caminhando, sorridente, em nossa direção. Um calorzinho gostoso percorre todo o nosso corpo. O coração parece vir parar na boca, pulsando, intensamente. E, a partir de então, não temos mais olhos para nada e ninguém. Perdemos a noção de tempo e de espaço e nos sentimos, de corpo e alma, no interior do Paraíso. O escritor russo, Anton Tchekov, fez pitoresca observação a respeito, no seu livro “Apontamentos”, com a qual sou forçado a concordar. Escreveu: “Aquilo que provamos quando estamos apaixonados talvez seja o nosso estado normal. O amor mostra ao homem como é que ele deveria ser sempre”. Já imaginaram se fôssemos sempre assim?!! E se “todos” fossem?!! Certamente o mundo não seria tão violento, injusto e repleto de, corrupção, taras, velhacarias, lágrimas e dor. Seria o resgate permanente do bíblico Éden original. Quem sabe, algum dia, não será?!!

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