Pedro J. Bondaczuk
O raciocínio, embora seja indispensável, por se tratar de característica distintiva do ser humano em relação a qualquer outro vivente, torna-se inócuo e sem sentido se não vier acompanhado de alguma ação. Nem que essa seja a mais elementar de todas: a mera comunicação do que se raciocinou. Afinal, se não os comunicarmos, ninguém saberá o teor e o alcance do que raciocinamos. E sem isso... esse ato nobre não passará de mera perda de tempo. Ninguém irá tirar proveito dele e nós muito menos.
Por outro lado, é certo que tudo o que fizermos tem que ser minimamente planejado. Agir às cegas é contraproducente e, não raro, até fatal. Em contrapartida, planos que não sejam executados são, a exemplo do raciocínio, inócuos. Não geram efeitos e, por essa razão, também se constituem em perda de tempo.
Não me adianta fazer planos mirabolantes, detalhados e perfeitos, se acabarem engavetados e logo após esquecidos. Inúmeras pessoas agem assim, quer no que se refere às suas vidas, quer às atividades profissionais que exercem.
Conheço um escritor que já planejou dezenas de livros. Vi alguns desses planos e achei-os perfeitos. No entanto... escreveu, de fato, apenas um. Maior resultado ele teria, obviamente, se agisse mais e planejasse menos. Seria, provavelmente, um best-seller, fosse homem de ação.
Há, nas empresas, a mania das reuniões da sua “cúpula pensante”. Há algumas que exageram e promovem várias num só dia. Quem já participou de alguma delas sabe o quanto são dispersivas e contraproducentes.
Determinadas decisões, que poderiam (e deveriam) ser comunicadas – não apenas à equipe diretiva, mas a todos os funcionários – mediante simples memorandos, o são nesses encontros, em que há muito bla-bla-blá e pouca (ou nenhuma) objetividade. A rigor, são, via de regra, inócuas. Raramente resultam em ações efetivas.
Anos atrás, quando eu trabalhava em uma agência de publicidade de porte médio, uma poderosa multinacional, com ramificações em mais de 50 países, contratou-nos para elaborar uma campanha cuja finalidade era, justamente, desestimular as tais “reuniões”. A cúpula da empresa avaliou a relação custo-benefício e concluiu que o primeiro fator era muitíssimo maior do que o segundo.
Ou seja, tratava-se de um “ralo” por onde preciosos recursos se escoavam, com pouco e, não raro, sem nenhum retorno. Preciosas horas de trabalho, que poderiam e deveriam resultar em decisões fundamentais para a companhia (e de funcionários regiamente pagos, frise-se) eram gastas para se discutir obviedades, regadas a refrigerantes e litros e mais litros de café.
Uma das peças que criamos na oportunidade foi um enorme painel de acrílico, com um determinado slogan (que não me recordo qual foi), desestimulando as chefias de convocar reuniões, que foi colocado logo na entrada da empresa. Em vez delas, foi instituída a obrigatoriedade de cada chefe de seção elaborar, nos minutos finais do expediente, meticulosos relatórios sobre o que suas seções fizeram e com quais resultados.
Ficamos sabendo, posteriormente, que a campanha foi um sucesso. As tais reuniões, num primeiro momento, foram reduzidas à metade. E o balanço daquele ano, daquela multinacional específica, refletiu considerável salto em seu gráfico de lucros, que é o que importa e sempre irá importar aos seus atentos acionistas.
Conversas, por melhor que seja o seu nível, não são ações. Principalmente quando têm pouca (ou nenhuma) objetividade, como ocorre no caso das reuniões, autêntica praga na maioria das empresas brasileiras (e, quiçá, do resto do mundo). E, para empreendimentos industriais e/ou comerciais, óbvio, tempo é, e sempre será, dinheiro.
Não quero dizer, todavia, que raciocínio, planejamento e diálogo sejam inúteis. Longe disso. Contudo, para serem eficazes, e gerarem os efeitos que deles se espera, devem vir sempre, sem exceção, acompanhados da respectiva e indefectível ação. Caso contrário... Afinal, produzir significa agir, assim como criar, modificar, consertar, pesquisar etc.etc.etc. Enfim, todo e qualquer verbo traz essa conotação. Essa, aliás, é a característica fundamental de Deus. A Bíblia diz, em seu preâmbulo: “No princípio era o verbo”. Ou seja, era o agente que construiu todo o universo, com sua grandeza e complexidade.
Aliás, a constatação de que agir é fundamental sequer é nova, mas sumamente óbvia. Tanto que o poeta grego Píndaro, que viveu entre 518 a.C e 438 a.C., já havia chegado à mesmíssima conclusão, há 2.500 anos, nestes versos do poema “Quarta Olímpica”, em que diz: “Não banho as minhas palavras/na mentira; a ação é o controle de todo o homem”. Simples (e óbvio) assim!!!
O raciocínio, embora seja indispensável, por se tratar de característica distintiva do ser humano em relação a qualquer outro vivente, torna-se inócuo e sem sentido se não vier acompanhado de alguma ação. Nem que essa seja a mais elementar de todas: a mera comunicação do que se raciocinou. Afinal, se não os comunicarmos, ninguém saberá o teor e o alcance do que raciocinamos. E sem isso... esse ato nobre não passará de mera perda de tempo. Ninguém irá tirar proveito dele e nós muito menos.
Por outro lado, é certo que tudo o que fizermos tem que ser minimamente planejado. Agir às cegas é contraproducente e, não raro, até fatal. Em contrapartida, planos que não sejam executados são, a exemplo do raciocínio, inócuos. Não geram efeitos e, por essa razão, também se constituem em perda de tempo.
Não me adianta fazer planos mirabolantes, detalhados e perfeitos, se acabarem engavetados e logo após esquecidos. Inúmeras pessoas agem assim, quer no que se refere às suas vidas, quer às atividades profissionais que exercem.
Conheço um escritor que já planejou dezenas de livros. Vi alguns desses planos e achei-os perfeitos. No entanto... escreveu, de fato, apenas um. Maior resultado ele teria, obviamente, se agisse mais e planejasse menos. Seria, provavelmente, um best-seller, fosse homem de ação.
Há, nas empresas, a mania das reuniões da sua “cúpula pensante”. Há algumas que exageram e promovem várias num só dia. Quem já participou de alguma delas sabe o quanto são dispersivas e contraproducentes.
Determinadas decisões, que poderiam (e deveriam) ser comunicadas – não apenas à equipe diretiva, mas a todos os funcionários – mediante simples memorandos, o são nesses encontros, em que há muito bla-bla-blá e pouca (ou nenhuma) objetividade. A rigor, são, via de regra, inócuas. Raramente resultam em ações efetivas.
Anos atrás, quando eu trabalhava em uma agência de publicidade de porte médio, uma poderosa multinacional, com ramificações em mais de 50 países, contratou-nos para elaborar uma campanha cuja finalidade era, justamente, desestimular as tais “reuniões”. A cúpula da empresa avaliou a relação custo-benefício e concluiu que o primeiro fator era muitíssimo maior do que o segundo.
Ou seja, tratava-se de um “ralo” por onde preciosos recursos se escoavam, com pouco e, não raro, sem nenhum retorno. Preciosas horas de trabalho, que poderiam e deveriam resultar em decisões fundamentais para a companhia (e de funcionários regiamente pagos, frise-se) eram gastas para se discutir obviedades, regadas a refrigerantes e litros e mais litros de café.
Uma das peças que criamos na oportunidade foi um enorme painel de acrílico, com um determinado slogan (que não me recordo qual foi), desestimulando as chefias de convocar reuniões, que foi colocado logo na entrada da empresa. Em vez delas, foi instituída a obrigatoriedade de cada chefe de seção elaborar, nos minutos finais do expediente, meticulosos relatórios sobre o que suas seções fizeram e com quais resultados.
Ficamos sabendo, posteriormente, que a campanha foi um sucesso. As tais reuniões, num primeiro momento, foram reduzidas à metade. E o balanço daquele ano, daquela multinacional específica, refletiu considerável salto em seu gráfico de lucros, que é o que importa e sempre irá importar aos seus atentos acionistas.
Conversas, por melhor que seja o seu nível, não são ações. Principalmente quando têm pouca (ou nenhuma) objetividade, como ocorre no caso das reuniões, autêntica praga na maioria das empresas brasileiras (e, quiçá, do resto do mundo). E, para empreendimentos industriais e/ou comerciais, óbvio, tempo é, e sempre será, dinheiro.
Não quero dizer, todavia, que raciocínio, planejamento e diálogo sejam inúteis. Longe disso. Contudo, para serem eficazes, e gerarem os efeitos que deles se espera, devem vir sempre, sem exceção, acompanhados da respectiva e indefectível ação. Caso contrário... Afinal, produzir significa agir, assim como criar, modificar, consertar, pesquisar etc.etc.etc. Enfim, todo e qualquer verbo traz essa conotação. Essa, aliás, é a característica fundamental de Deus. A Bíblia diz, em seu preâmbulo: “No princípio era o verbo”. Ou seja, era o agente que construiu todo o universo, com sua grandeza e complexidade.
Aliás, a constatação de que agir é fundamental sequer é nova, mas sumamente óbvia. Tanto que o poeta grego Píndaro, que viveu entre 518 a.C e 438 a.C., já havia chegado à mesmíssima conclusão, há 2.500 anos, nestes versos do poema “Quarta Olímpica”, em que diz: “Não banho as minhas palavras/na mentira; a ação é o controle de todo o homem”. Simples (e óbvio) assim!!!
No comments:
Post a Comment