Ao nos apaixonarmos, mudamos, subitamente, nossos hábitos (pelo menos, os piores). Se formos relaxados, de uma hora para outra passamos a nos preocupar com asseio, com aprumo, com os trajes que vestimos, com a limpeza e a arrumação dos cabelos, com o brilho dos sapatos, com o hálito, com tudo o que possa agradar e impressionar nossa musa. Policiamos o nosso linguajar e nos preocupamos com cada um dos assuntos que formos abordar, na tentativa de parecermos inteligentes, responsáveis e sensíveis ao alvo da nossa paixão. Nessas ocasiões, nem adianta disfarçar, para os parentes e amigos, que estamos apaixonados. O simples brilho dos nossos olhos denuncia essa condição. E, claro, a súbita mudança do nosso comportamento confirma esse estado peculiar. Até o mais tolo dos tolos, ou o mais distraído dos nossos conhecidos, nota isso. Aliás, sequer fazemos questão de esconder ou de negar. Queremos que o mundo testemunhe nosso êxtase e felicidade. E, via de regra, conseguimos.
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