Quando estamos apaixonados, vemos o mundo sob um prisma benigno. Reparamos, de repente, por exemplo, nos dias de sol, aqueles cálidos e agradáveis de primavera ou de outono (que aqui na minha cidade costumam ser os mais belos), com um céu azul e um perfume adocicado e especial no ar. Valorizamos as noites estreladas, de céu limpo e de um glorioso luar, notadamente quando estamos na companhia da amada. O cenário, trivial, de crianças brincando, que sequer notávamos há poucos dias, enche-nos, de repente, o coração de ternura e, não raro nos leva às lágrimas, que tentamos disfarçar se formos do tipo “durão” que entende que homem não chora. A maioria de nós, convenhamos, é assim. Ao vê-las, ficamos logo imaginando como seriam nossos filhos, gerados com amor infinito, por aquela pessoa especial que nos “fisgou”. Quando estamos com a amada, então... Vivemos momentos de magia e encantamento, que os mais refinados poetas tentam, há tempos, em vão, descrever e dos quais nos dão, apenas, pálidas e incompletas idéias, a despeito da sua competência e criatividade. Esses instantes, porém, não são para serem descritos, mas usufruídos em toda a sua plenitude e esplendor.
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