Os heróis são frutos da ocasião. Todos podemos ser, um dia, dependendo das circunstâncias, e de saber agir com determinação, no momento certo, quando formos exigidos para tal. Todavia, são raríssimas essas oportunidades para agirmos com bravura e heroísmo e conquistarmos, para sempre, a estima e a admiração gerais. Já que não somos heróis (ainda), contudo, não precisamos ser covardes. As oportunidades para a covardia, ao contrário do heroísmo, são muitas, quase infinitas ao longo da vida. Mas só depende de nós não sermos covardes em nenhuma ocasião. A maior das covardias, na minha visão, é a omissão. É deixar de fazer o que poderíamos (e deveríamos), por medo, indiferença, egoísmo ou qualquer outro motivo correlato. O escritor René Bazin escreveu a respeito: “Só duas ou três vezes nos aparece, na vida, uma oportunidade para mostrar que somos bravos. Mas temos, diariamente, várias ocasiões para não ser covardes”.
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