A lisonja, que é doce (ao contrário da verdade, que via de regra é amarga), nos é bastante atrativa, mesmo que proceda de uma grande mentira. Estimula nossa vaidade, incensa nosso amor próprio e “massageia” nosso ego. O resultado final, claro, é sempre um só: decepção. Quando, enfim, nos damos conta (se o dermos), da verdade, esta fica muito mais amarga do que já é, via de regra. Manda a sabedoria que fujamos da mentira lisonjeira, por mais atrativa e saborosa que nos pareça. Encaremos as verdades, com todo seu amargor, pois elas tendem a nos alertar, instruir, guiar e conduzir às proximidades da perfeição. O enciclopedista francês Denis Diderot escreveu a propósito (citado no livro “Silêncio e Ruído – A Sátira em Denis Diderot”, do filósofo Roberto Romano): “Engolimos a grandes goles a mentira que nos lisonjeia, e bebemos gota a gota a verdade que nos amarga”. Recusemos a primeira e nos fartemos da segunda.
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