A ciência prova a total impossibilidade de haver no mundo duas pessoas absolutamente iguais. Mesmo que alguém fosse clonado, o clone teria personalidade original e única. Fisicamente, há gêmeos univitelinos extremamente parecidos. Isso, no aspecto externo. Interiormente, sempre apresentarão diferenças, quer na estrutura dos órgãos, quer no metabolismo, quer na sua vulnerabilidade. Quanto ao raciocínio e personalidade, as diferenças serão bem mais acentuadas, pois estes dependem não da morfologia, mas do que a pessoa vê, ouve e sente, do tipo de educação que recebe etc. ao longo da vida. Semelhança, portanto, é muitíssimo distinta de igualdade. Suponhamos, porém, que no mundo houvesse um nosso duplo, rigorosamente igual. Friedrich Durrenmat fez essa suposição, ao afirmar: “Qualquer um de nós pode ser o homem que encontra seu duplo”. Pode? Não! Felizmente isso só funciona no terreno da literatura.
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