Soneto à doce amada-LXIII
Pedro J. Bondaczuk
Aura, ágil, veloz dançava,
entre os meus cabelos revoltos
a dança de Agar, a escrava,
com mil trejeitos desenvoltos.
Ao lado, um mercador falsário,
abrindo o seu manto de estrelas,
ao perceber-me solitário,
me queria, a custo, vendê-las.
Porém tudo quedou silente,
nesta tarde parada e quieta,
cheia de cuidados, desvelos,
quando apareceu, de repente,
como se a atender a meus apelos,
a diva dos louros cabelos.
(Soneto composto em Campinas, em 2 de março de 1967).
Pedro J. Bondaczuk
Aura, ágil, veloz dançava,
entre os meus cabelos revoltos
a dança de Agar, a escrava,
com mil trejeitos desenvoltos.
Ao lado, um mercador falsário,
abrindo o seu manto de estrelas,
ao perceber-me solitário,
me queria, a custo, vendê-las.
Porém tudo quedou silente,
nesta tarde parada e quieta,
cheia de cuidados, desvelos,
quando apareceu, de repente,
como se a atender a meus apelos,
a diva dos louros cabelos.
(Soneto composto em Campinas, em 2 de março de 1967).
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