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O homem, nos dois últimos séculos, evoluiu, em termos tecnológicos, muito mais do que no restante da história da espécie. Encurtou distâncias, criou máquinas e utensílios que facilitaram a vida cotidiana, cultivou o solo, domou o átomo e dominou as forças naturais para gerar a energia de que precisa. Chegou a deixar seu domo cósmico, em busca de outros mundos. A cada dia, novas e mirabolantes descobertas são anunciadas e a ousadia humana, no campo científico, parece não ter limites. Todavia, a esse avanço extraordinário da técnica e da ciência não correspondeu uma evolução do comportamento. Em alguns aspectos, houve até mesmo perigosa regressão. Desníveis sociais e de renda persistem, não apenas entre países, mas no interior de todas as sociedades nacionais mais avançadas. E o fosso entre ricos e miseráveis aprofunda-se mais e mais. Isso ocorre em todos os quadrantes. Verifica-se no espaço e no tempo. Acentua-se de uma geração para outra.
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