Jorge Luís Borges, com a experiência dos que viveram muitos anos e acumularam sabedoria – não a livresca que se recita como papagaio, mas a proveniente da vivência e da experiência – constatou, no livro "Elogio da sombra": "Desconhecemos os desígnios do universo, mas sabemos que raciocinar com lucidez e agir com justiça é ajudar a esses desígnios, que não nos serão revelados". E não serão mesmo. Aliás, o homem não sabe de coisa alguma com certeza. O que chama de ciência é um conjunto de hipóteses para explicar fenômenos que se repetem em determinadas condições. Tais explicações podem ou não ser verdadeiras, mesmo que convincentes. Teorias, ditas científicas, postas como dogmas num passado não muito remoto, hoje são objetos de riso. Da mesma forma, muita coisa aceita atualmente como verdade pode ser desmentida já amanhã. “Só sei que nada sei”, diria, pois, o filósofo, consciente das suas limitações e, por isso, sábio.
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