Saturday, January 29, 2011




Soneto à doce amada-CVI

Pedro J. Bondaczuk


Doce amada, há tanta promessa em seu olhar!
Há magia, há ternura, há tanto encantamento,
que jamais poderei esquecer o momento
em que nos amamos sob a luz do luar.

Nossos corpos febris, em perfeita harmonia,
nossas almas fundidas, num só ideal,
nos seus olhos profundos, atônito, eu via
a ciência vedada do bem e do mal.

Como esquecer aquele instante de beleza,
de místico êxtase que nos dominava,
que era incomparável em toda a natureza?!

Repetir aquele instante, ó Deus, quem me dera!
Era noite clara...ao longe, um mocho piava.
O mundo despertava...era primavera!


(Soneto composto em Campinas, em 20 de setembro de 2006).

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