Saturday, January 15, 2011




Soneto à doce amada-CIV

Pedro J. Bondaczuk

Silêncio...A noite lentamente escoa
por entre os do tempo implacáveis dedos.
Impera uma calma completa e boa
sem existirem traumas e nem medos.

Sinto, em meu íntimo, ânsia indefinida!
Vago desejo vem roubar-me a paz.
Lamento sua ausência, mulher querida,
tento esquecê-la...mas não sou capaz!

Não esqueço seus braços de ônix, jade,
os seus áureos cabelos, perfumados
e o seu corpo. Devolver-me quem há de

tantos atributos, tão cobiçados?!
Folhas secas são meus dias passados
e simbolizam bem minha saudade.

(Soneto composto em Campinas, em 7 de setembro de 1967).

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