Sob as vistas do mundo
Pedro J. Bondaczuk
Como boa parte do País, também vivi e estou vivendo a justa euforia da escolha do Rio de Janeiro para sediar os Jogos Olímpicos de 2016. Claro que há aqueles do contra, que gostam de cortar o barato dos outros, mergulhados num incurável, tolo e covarde complexo de vira-latas. Estou certo, contudo, que você não é um deles.
Não temos mais porque nos considerarmos inferiores, no que quer que seja, a quem, quer que seja. O brasileiro já mostrou, em “n” ocasiões, sua garra, criatividade e capacidade de superação. Não teme desafios, vai à luta e conquista, via de regra, seus objetivos. Desta vez, não será diferente e em dose dupla.
Além da Copa do Mundo de futebol de 2014, receberemos atletas do mundo todo, na maior confraternização esportiva internacional que existe, que são as Olimpíadas. Estaremos, pois, em duas oportunidades consecutivas, sob as vistas do mundo.
“E o que isso tem a ver com Literatura?”, perguntará, intrigado, o atento leitor. Nada e, simultaneamente, tudo. Parece paradoxo, mas não é. Fossem as Olimpíadas modernas como as originais, na Grécia, ao pé do Monte Olimpo, concomitantemente ao congraçamento esportivo, haveria a disputa artística.
Os Jogos Olímpicos verdadeiros, que inspiraram os atuais, tinham competições de poesias e de canto. O imperador romano Nero (maluco de pedra, por sinal), foi vencedor, no ano que disputou, da disputa de lira. Saiu, pois, coroado de louros. Hoje, porém, o que há, apenas, é uma exibição de habilidades atléticas.
Porém, tanto na abertura, quanto no encerramento, são organizados shows de encantar os olhos e emocionar os cerca de 3 bilhões de telespectadores que acompanham as Olimpíadas pela TV. E aí... entramos nós. Pelo menos potencialmente. Quem pode jurar, por exemplo, caríssimo escritor, que é poeta, que uma das canções que certamente serão executadas nessas oportunidades, não terá letra sua? Não terá, apenas, com certeza, se você sequer tentar.
Mas a nossa participação potencial nos dois megaeventos que nosso País vai organizar é mais ampla e mais prática ainda. Raciocinemos. Tanto a Copa do Mundo, quanto as Olimpíadas, vão atrair alguns milhões de turistas para cá.
Com certeza, não serão sujeitos broncos, que não enxergam um palmo à frente do nariz. Pelo contrário, são pessoas cultas, preparadas e de bom gosto. E eles não virão para cá apenas na qualidade de torcedores dos seus respectivos países. Vão querer conhecer, além das nossas incontáveis belezas naturais (afinal, Deus é brasileiro), nossos costumes e nossa cultura. E nossas artes, naturalmente, incluída nossa excelente literatura.
Aqueles que, entre nós, já tiverem livros publicados, ao menos potencialmente, poderão fazer excelentes vendas. Se fizermos arte de qualidade, nos destacaremos, com certeza. E se não tivermos o tal complexo de vira-latas, que muitos ainda têm, ousaremos em expor as nossas produções, na maior cara dura, sem o mínimo constrangimento.
Mais do que isso, se formos artistas confiantes no nosso talento, começaremos, hoje mesmo, a produzir obras de qualidade, com os olhos voltados para o futuro, que nem é tão remoto assim. Para a Copa do Mundo, faltam, praticamente, quatro anos. E em 2010 ficarão faltando seis anos para as Olimpíadas o que, também, não é muita coisa.
Portanto, pessoal da pesada, nada de acomodação ou de subestimação. Coloquem a cabeça para funcionar. Raciocinem, planejem, ousem e produzam. Mostrem aos gringos que o Brasil não tem somente samba, futebol e mulher bonita (e estes três fatores tem mesmo, e de sobejo).
O mundo estará de olho em nós e não podemos decepcionar. As oportunidades são como cavalos encilhados que passam por nós. Se formos hábeis e corajosos, montaremos nas selas e sairemos galopando rumo ao sucesso. Se não... Permaneceremos a pé, nos lambendo, decepcionados, curtindo um estúpido e covarde complexo de vira-latas. Qual será a sua opção?
Pedro J. Bondaczuk
Como boa parte do País, também vivi e estou vivendo a justa euforia da escolha do Rio de Janeiro para sediar os Jogos Olímpicos de 2016. Claro que há aqueles do contra, que gostam de cortar o barato dos outros, mergulhados num incurável, tolo e covarde complexo de vira-latas. Estou certo, contudo, que você não é um deles.
Não temos mais porque nos considerarmos inferiores, no que quer que seja, a quem, quer que seja. O brasileiro já mostrou, em “n” ocasiões, sua garra, criatividade e capacidade de superação. Não teme desafios, vai à luta e conquista, via de regra, seus objetivos. Desta vez, não será diferente e em dose dupla.
Além da Copa do Mundo de futebol de 2014, receberemos atletas do mundo todo, na maior confraternização esportiva internacional que existe, que são as Olimpíadas. Estaremos, pois, em duas oportunidades consecutivas, sob as vistas do mundo.
“E o que isso tem a ver com Literatura?”, perguntará, intrigado, o atento leitor. Nada e, simultaneamente, tudo. Parece paradoxo, mas não é. Fossem as Olimpíadas modernas como as originais, na Grécia, ao pé do Monte Olimpo, concomitantemente ao congraçamento esportivo, haveria a disputa artística.
Os Jogos Olímpicos verdadeiros, que inspiraram os atuais, tinham competições de poesias e de canto. O imperador romano Nero (maluco de pedra, por sinal), foi vencedor, no ano que disputou, da disputa de lira. Saiu, pois, coroado de louros. Hoje, porém, o que há, apenas, é uma exibição de habilidades atléticas.
Porém, tanto na abertura, quanto no encerramento, são organizados shows de encantar os olhos e emocionar os cerca de 3 bilhões de telespectadores que acompanham as Olimpíadas pela TV. E aí... entramos nós. Pelo menos potencialmente. Quem pode jurar, por exemplo, caríssimo escritor, que é poeta, que uma das canções que certamente serão executadas nessas oportunidades, não terá letra sua? Não terá, apenas, com certeza, se você sequer tentar.
Mas a nossa participação potencial nos dois megaeventos que nosso País vai organizar é mais ampla e mais prática ainda. Raciocinemos. Tanto a Copa do Mundo, quanto as Olimpíadas, vão atrair alguns milhões de turistas para cá.
Com certeza, não serão sujeitos broncos, que não enxergam um palmo à frente do nariz. Pelo contrário, são pessoas cultas, preparadas e de bom gosto. E eles não virão para cá apenas na qualidade de torcedores dos seus respectivos países. Vão querer conhecer, além das nossas incontáveis belezas naturais (afinal, Deus é brasileiro), nossos costumes e nossa cultura. E nossas artes, naturalmente, incluída nossa excelente literatura.
Aqueles que, entre nós, já tiverem livros publicados, ao menos potencialmente, poderão fazer excelentes vendas. Se fizermos arte de qualidade, nos destacaremos, com certeza. E se não tivermos o tal complexo de vira-latas, que muitos ainda têm, ousaremos em expor as nossas produções, na maior cara dura, sem o mínimo constrangimento.
Mais do que isso, se formos artistas confiantes no nosso talento, começaremos, hoje mesmo, a produzir obras de qualidade, com os olhos voltados para o futuro, que nem é tão remoto assim. Para a Copa do Mundo, faltam, praticamente, quatro anos. E em 2010 ficarão faltando seis anos para as Olimpíadas o que, também, não é muita coisa.
Portanto, pessoal da pesada, nada de acomodação ou de subestimação. Coloquem a cabeça para funcionar. Raciocinem, planejem, ousem e produzam. Mostrem aos gringos que o Brasil não tem somente samba, futebol e mulher bonita (e estes três fatores tem mesmo, e de sobejo).
O mundo estará de olho em nós e não podemos decepcionar. As oportunidades são como cavalos encilhados que passam por nós. Se formos hábeis e corajosos, montaremos nas selas e sairemos galopando rumo ao sucesso. Se não... Permaneceremos a pé, nos lambendo, decepcionados, curtindo um estúpido e covarde complexo de vira-latas. Qual será a sua opção?
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