Somos, via de regra, severos demais no julgamento dos atos e obras das outras pessoas. Exigimos delas comportamentos e atitudes que não temos e não admitimos outra coisa nos outros se não a perfeição. Por que essa postura, se somos tão imperfeitos? É verdade que somos julgados da mesma forma e, não raro, nos rebelamos com esses julgamentos. E mesmo quando agimos com justiça, deixamos de lado um ingrediente altamente desejável: a misericórdia. Ou seja, a mesma que queremos para nós e para as nossas fraquezas e contradições. Todos os princípios humanos são imperfeitos e falhos, como a verdade (mal-recompensada para os que a buscam com exemplar dedicação), a justiça (raríssimas vezes “cega” e imparcial), além das características encaradas ostensivamente como deficiências de caráter, como orgulho, ambição e vaidade, entre outros. Por que, pois, exigir dos outros o que não sabemos e não podemos fazer?
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