Saturday, February 14, 2009

REFLEXÃO DO DIA


A dúvida não é, como muitos (erroneamente) pensam, o oposto de fé. Não se trata de descrença. É uma necessidade que as pessoas têm (ou deveriam ter) de ser convencidas de que determinadas idéias e conceitos são verdadeiros. Há coisas que não se podem demonstrar e que, ainda assim, estamos convictos de serem corretas. Intimamente convencidos, assimilamos melhor esses conceitos abstratos, de difícil (ou impossível comprovação). Trata-se, sobretudo, da atitude que se requer do cientista e do filósofo (e do artista, por que não?). Blaisé Pascal propôs, como ponto de partida para chegar ao conhecimento e à verdade, a negação apriorística de tudo, até da própria existência. Feito isso, refletiu e chegou à premissa original, que lhe serviu de ponto de partida para todas as demais conclusões: “Cogito, ergo sum”. Ou seja, “penso, logo existo”. O melhor caminho para chegarmos à sabedoria é este. É ter sempre uma dúvida razoável a propósito de tudo.

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