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Que não se diga que a literatura e as artes em geral estejam em crise. Talvez esteja havendo, isto sim, excesso de arrogância por parte daqueles que são incumbidos de decidir se essas obras devem ou não vir a público. A argumentação para o veto da publicação de escritores jovens é sempre a mesma: o fator econômico. Dizem os editores que, em virtude da crise e dos custos de produção, os lançamentos precisam ser muito criteriosos e que ninguém quer correr o risco de encalhes em prateleiras de livrarias. O argumento pode até ser válido. O que é inconsistente é a afirmação de "críticos" de que o País se encontra em um vácuo de criatividade. Há, isto sim, autênticas "igrejinhas", fazendo com que as obras sejam selecionadas para publicação ou não por critérios que absolutamente fogem à sua qualidade artística. Neste aspecto, os que mais sofrem são os poetas.
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