Sunday, October 15, 2006

REFLEXÃO DO DIA


O fingimento é, via de regra, apontado como um grande defeito, um desvio de personalidade, uma característica que torna as pessoas não confiáveis. Mas há uma grande injustiça nisso. Todos somos, em maior ou menor medida, uns fingidores. Uns mais, outros menos, mas ninguém escapa dessa atitude quase que instintiva. Nem é preciso citar o caso dos atores, que emprestam seus corpos e mentes para viver, por alguns instantes, a vida de pessoas que sequer existem. Que foram inventadas por um escritor. São uns fingidores por vocação e opção. Na vida social, esse procedimento é extremamente comum. Poucos (se é que exista alguém) são absolutamente autênticos, pelo menos o tempo todo. O escritor William Somerset Maugham garante que a vida é um imenso teatro, onde todos representamos papéis. Uns trágicos, outros cômicos; uns grandiosos, outros ínfimos; uns bem-sucedidos, outros fracassados. Todos temos os nossos.

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