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Pedro J. Bondaczuk
Caminhando pelas vias do tempo,
pelos caminhos abertos da vida,
semeando rastros e fatos
e sonhos, e frutos, e feitos.
Caminhando pelas vias do tempo,
com um brilho novo em cada olhar,
a cada passo colhendo outra esperança,
morrendo um pouco pra nos renovar.
Caminhando pelas vias do tempo,
de mãos dadas, em feliz andança,
pisando espinhos, que jamais nos ferem,
pulando valas e brejos movediços,
olhando fixos, fanáticos crentes,
o nosso objetivo, supremo ideal,
sem que soubéssemos, ou desconfiássemos,
deciframos a cruel Esfinge
e nos safamos do lôbrego labirinto.
Caminhando pelas vias do tempo,
semeando, colhendo e tornando a semear,
rastros de ternura, fases e fatos,
e sonhos, e frutos, e feitos,
descobrimos, num feliz acaso,
a fatal porta do Éden ideal...
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