Sunday, October 22, 2006

Pausa para meditar


Pedro J. Bondaczuk


As tensões da vida moderna, mormente na área profissional --- onde a alta tecnologia suprime milhões de empregos, definitivamente, pelo mundo afora, a cada ano --- são as principais responsáveis por um fenômeno crescente nos nossos dias: o estresse. Esse estado psicológico, que se reflete no organismo, se caracteriza, entre outros sintomas, por um estado de permanente cansaço, dores de estômago, diarréia, insônia, irritabilidade e elevação da pressão arterial. Apesar de existirem técnicas para conviver com essa situação e até usá-la a nosso favor, para produzir mais e melhor, não se recomenda sua adoção, pelos riscos que envolve. O estresse pode até matar, sendo causa freqüente de enfartes e de derrames.

Nossas considerações, todavia, não se concentram no aspecto médico, mas no comportamental e econômico. O indivíduo estressado está sempre nervoso, brigando com os companheiros de trabalho, com a família, com os amigos e com os subordinados (quando se trata de chefe). Arruina, portanto, qualquer relacionamento e envenena até o ambiente mais saudável que exista. Além disso, traz enormes prejuízos financeiros para si e para quem o emprega.

Estatísticas da Organização Mundial do Trabalho revelam que o estresse custa, às empresas dos EUA, mais de US$ 200 bilhões anuais em absenteísmo, produtividade reduzida, despesas médicas e processos de indenização! Na Grã-Bretanha, provoca perdas da ordem de 10% do Produto Interno Bruto! E no Brasil? Embora não haja levantamentos confiáveis a respeito, os prejuízos são equivalentes, ou até maiores, do que os registrados nos países do Primeiro Mundo. Manda a prudência, portanto, que aos primeiros sintomas desse esgotamento extremo, se procure um médico e, sobretudo, que se adote uma postura mais "light" frente aos problemas. Afinal, o trabalho é apenas uma parte da vida... e sequer é a principal! Pense nisso...


(Artigo divulgado na revista eletrônica "Barão Virtual", na Internet, na quarta semana de fevereiro de 1999)

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