Podemos admitir nossas fraquezas e deficiências de forma intimista e bela. Como? Através de um poema. Como este "Epitáfio", do inglês John Howard: "Tímido demais para vender/honesto demais para ensinar/calado demais para escrever/céptico demais para pregar/altivo demais para subir/cordato demais para lutar/rasteiro demais para cair/e velho demais para mudar.//Como vêem, seria mesmo o cúmulo/eu reivindicar aqui um túmulo;/aquém do elogio, além do ultraje,/fui só o que estava de passagem". Embora sem o talento de John Howard, há muito fiz idêntica descoberta. E bem que poderia, um dia, que espero que esteja ainda muito distante, ter esse enfático epitáfio...
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