Tuesday, October 27, 2009




Não se pode deixar de concordar com William Somerset Maugham quando afirma, através de um personagem, no romance "O agente britânico": "A vaidade é a mais inextirpável de todas as paixões que afligem a alma humana; e é ainda vaidade o querer negar o seu poder. É mais absorvente que o amor. Com a idade podemos libertar-nos das garras deste, mas os anos não têm o poder de arrancar-nos à tirania da vaidade. O tempo alivia as penas do amor, mas somente a morte pode curar as feridas angustiosas da vaidade. O amor é simples e não procura subterfúgios; a vaidade porém dissimula-se sob mil máscaras. É parte e parcela de toda a virtude; sem ela, não há coragem, como não há ambição. É ela que dá constância aos amantes e impassibilidade aos estóicos". Não há, pois, como deixar de chegar à conclusão de Eclesiastes, o Pregador (Salomão): "Vaidade, vaidade...Tudo no mundo é vaidade..." E como é!

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