O passado tem, claro, a sua importância para todos nós, já que a nossa vida é uma continuidade, um todo, uma somatória de tempos. Mas só terá utilidade se o utilizarmos como parâmetro, como medida, como termo de comparação, para evitar que venhamos a tropeçar nos mesmos obstáculos que nos derrubaram um dia. Ou para impedir que cometamos os mesmos erros que nos tornaram infelizes ou frustraram algum dos nossos projetos. Ou para prevenir-nos de decepções que sejam evitáveis. É certo que devemos ter um projeto de vida, para ordenar nossa conduta. Mas não pode ser nada muito rígido. E nem muito de longo prazo. Ou sequer de médio. Para sermos práticos, não convém projetarmos um futuro além do dia seguinte que, mesmo assim, não temos certeza de que estaremos vivos.
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