Sunday, October 25, 2009




Em manhãs luminosas, ensolaradas e de céu azul, aguardando a hora de dirigir-me ao trabalho, sinto o ar embalsamado de perfumes e a alma vibrante, em contato com a natureza. Ouço o canto dos bem-te-vis, que existem em grande quantidade em Campinas, a cidade em que resido e sinto-me renascido. Mas percebo o quanto estou fora do meu verdadeiro meio. Sou homem telúrico, ligado à terra, onde finco minhas raízes, e não o típico burguês urbano, acostumado à correria, poluição e barulho. Nasci num lugar aprazível da coxilha gaúcha, sem o burburinho da metrópole e nem as suas complicações. Por aqui, minha alma não consegue sair ao sol, em um pomar verde e ouro ou nos campos abertos e sem fim da minha terra natal. Esse, infelizmente, é o preço que se paga para usufruir os confortos de uma grande cidade, tendo que se submeter aos ônus que deles decorrem. Será que vale a pena? Tenho minhas dúvidas. E você, o que acha?

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