O que esperar de indivíduos marginalizados, ferozes, revoltados, sem sensibilidade, ética ou moral, que perderam a noção do certo e do errado, confinados em prisões? Hoje a cadeia educa? Só se for para a criminalidade. Muitas pessoas que cometem pequenas infrações (como aquela doméstica desempregada, encarcerada apenas por ter levado, sem pagar, um tubo de desodorante barato de um supermercado e que ficou cega após ser agredida pelas companheiras de cela) e são confinadas, como bestas humanas absolutamente irrecuperáveis, saem do cárcere iguais aos que já estavam lá. Transformam-se em insensíveis e implacáveis predadores, revoltados com o mundo e com a humanidade. Confundem violência com coragem, com destemor e “macheza”. E, invariavelmente, cumpridas suas penas, retornam para trás das grades, quando não terminam mortos em confrontos com a polícia, por reincidirem no crime. É lamentável que tantas vidas se percam por falta de educação.
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