Friday, January 05, 2007

REFLEXÃO DO DIA


A música que mais me toca, sempre que ouço, não é de algum compositor clássico, dos quais gosto tanto, nem jazz, nem bossa nova etc. Ela revela, sobretudo, minha principal característica: o apego às pessoas e o desapego às coisas. Trata-se de “Peixe Vivo”, cantiga folclórica, cujo autor e época em que foi composta são desconhecidos que, certamente, brotou espontânea da alma popular. Provavelmente, essa cantiga de roda originou-se em Portugal, em alguma remota região de pastoreio (conclusão óbvia, levando em conta o que diz a segunda parte da letra), trazida, notadamente para Minas Gerais, pelos colonizadores portugueses. “Como pode o peixe vivo/viver fora da água fria?/Como pode o peixe vivo/viver fora da água fria?//Como poderei viver,/como poderei viver/sem a tua, sem a tua,/sem a tua companhia?”. Quanta evocação essa cantiga me traz! Pois é, amiga, como poderei viver sem a tua companhia?

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