Jorge Luís Borges escreveu, em “O Aleph”, que “não há geração sem quatro homens retos, que secretamente sustentam o Universo e o justificam diante do Senhor. Um desses varões teria sido o juiz mais idôneo. Mas, onde encontrá-los, se andam perdidos e anônimos pelo mundo, e não se reconhecem quando se vêem, e nem eles mesmos sabem do alto ministério que cumprem?” Embora se trate de provocação intelectual, é um exagero dizer que há tão poucos justos. Nunca se sabe...A julgar pelo noticiário do dia-a-dia, até essa cifra torna-se questionável. Escândalos e acusações de suborno, de exploração da boa-fé alheia, de aberrações sexuais e de perversidade de toda a sorte desfilam nas manchetes. Onde estão os quatro justos desta geração? Estão por toda parte. Só o nosso pessimismo não permite que os vejamos. E não são apenas quatro. Talvez sejam 400, 4 mil, 400 mil, 4 milhões, 400 milhões!
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