Monday, February 26, 2007

TOQUE DE LETRA




Pedro J. Bondaczuk

(Fotos: Do site oficial da A. A. Ponte Preta e Maurício Val e Bruno Miani da VIPCOMM)

PONTE ACUMULA MAIS DUAS DERROTAS

A Ponte Preta, na semana que passou, sofreu duas derrotas, ambas fora de casa, em jogos válidos por competições diferentes. Na Quarta-Feira de Cinzas, jogando no Estádio Independência, pela Copa do Brasil, perdeu para o Vila Nova, de Nova Lima, por 1 a 0. Sábado, foi a Barueri, e foi derrotada pela equipe local, de virada, por 2 a 1, pelo Campeonato Paulista da Série A-1. Ambas partidas tiveram um ponto em comum: a ausência de poder ofensivo da alvinegra campineira. Isso ocorreu pelo motivo de sempre na presente temporada: deficiência do meio de campo. É verdade que o menino Ezequiel não comprometeu nesses dois jogos, mas não foi aquele meia armador que a Ponte tanto precisa, que chame a responsabilidade, organize jogadas e faça lançamentos precisos para os homens de área. Com isso, o time paga um preço muito caro, em termos de pontos perdidos, que são irrecuperáveis. Faz uma campanha de razoável para ruim, exatamente pela ausência dessa peça fundamental na equipe, que municie o matador Finazzi. Nesta semana, o problema tem que ser resolvido, já que na sexta-feira se encerra o prazo de inscrições de novos atletas para a disputa do Campeonato Paulista. Mas que quem vier seja reforço, de fato, e mereça essa designação. Que venha para jogar, para somar, para resolver a carência e não para ser apenas mais um, em um plantel já bastante inchado. Do que a Ponte Preta precisa é de qualidade, não de quantidade. Tomara que as coisas não fiquem apenas na conversa dos cartolas e nem em meras promessas.

A MESMA INCOMPETÊNCIA DE SEMPRE

O Guarani teve, na semana passada, dois jogos no Brinco de Ouro, o que, antes deles acontecerem, despertou fundadas esperanças na torcida de que o time, finalmente, desmentisse, em campo, os críticos e provasse que não é tão ruim quanto dizem. Quem esperava uma performance pelo menos razoável, todavia, mais uma vez se frustrou. Na quarta-feira, o Bugre jogou uma partida burocrática, sonolenta e sem imaginação e não saiu de um chato 0 a 0 diante do apenas esforçado Atlético Goianiense. Conseqüência? Foi eliminado (pela primeira vez em sua história) logo na primeira fase da Copa do Brasil. No sábado à noite, o Guarani recebeu o fraco Mogi Mirim, que faz campanha muito ruim no Campeonato Paulista da Série A-2 e é um dos candidatos ao rebaixamento. “Hoje a gente lava a égua”, pensou o esperançoso torcedor bugrino, antes do jogo. Novo engano. Resultado? Outra frustração! O time não saiu de um lamentável empate, por 1 a 1, e por pouco não perde mais uma, perante a sua torcida. Não fosse, como já virou costume, a brilhante atuação do goleiro Buzzetto, e o vexame estaria configurado. Sorte que os resultados ajudaram o Bugre, caso contrário, estaria amargando, de novo, a perigosa zona de rebaixamento, com a qual o clube parece ter se acostumado.

ARBITRAGENS PROBLEMÁTICAS

Não gosto de atribuir derrotas da Ponte Preta a erros de arbitragem, mas, a exemplo do que ocorreu ao longo de 2006, os homens do apito seguem prejudicando, e muito, a Macaca. Não contesto a honestidade dos árbitros. Não se trata disso. O que ocorre é que eles são muito ruins mesmo, salvo uns dois ou três, que apitam direitinho. Na quarta-feira, por exemplo, o time de Campinas deixou de trazer um precioso empate para o segundo jogo por interferência da arbitragem. O gol que decidiu a partida em favor do Vila Nova foi feito, nitidamente, com a mão. Todo mundo viu, menos o juizão. Já contra o Grêmio Barueri, o árbitro viu penalidade máxima num lance absolutamente normal, envolvendo o pequenino Luciano Gigante e o grandalhão Anderson. Esse gol desestabilizou a Ponte e permitiu a virada do time da casa. Já está se tornando chato esse negócio das arbitragens errarem sempre a dano da Macaca. Não basta o time não estar jogando nada? Atenção, homens do apito: sejam mais criteriosos no seu trabalho, para que prevaleça, sempre, o resultado obtido no campo, e apenas ele, sem nenhuma interferência que fuja das regras!

EMPATE FOI A GOTA DE ÁGUA

Waguinho Dias não é mais o técnico do Guarani para a seqüência do Campeonato Paulista da Série A-2. A gota de água, que levou o treinador a pedir o boné e se desligar do clube, foi a ridícula apresentação da equipe, no empate de sábado, no Brinco de Ouro, por 1 a 1, com o modesto Mogi Mirim. A saída já era mais do que esperada. Já no empate do Bugre com o Taubaté, Waguinho havia demonstrado seu descontentamento com a fragilidade do time. Alguns jogadores do atual plantel são muito ruins e não têm condições de vestir a camisa, sequer, de qualquer clube da Segunda Divisão, ou seja, da Série B do Campeonato Paulista, quanto mais a de uma entidade tão tradicional, como é o Guarani. Outros, que mostram até bons predicados técnicos, fazem (pelo menos é o que parece) corpo mole e se escondem durante os jogos. É possível que a troca de treinador venha a dar uma sacudida na equipe, para que ela pelo menos saia das proximidades da zona de rebaixamento. Caso contrário... O que o torcedor poderá esperar será, apenas, o pior. De novo.

BRUNO SAI COMO HERÓI DO CLÁSSICO

O goleiro Bruno, do Flamengo, que começou a carreira no Atlético Mineiro, mas que, estranhamente, não vingou no Corinthians, saiu como o grande herói, ontem, no clássico pelas semi-finais da Taça Guanabara, do rubro-negro diante do Vasco. Fez excelentes defesas no tempo normal de jogo, que terminou com o placar de 1 a 1. E na decisão por pênaltis, pegou duas bolas importantíssimas e contou com a sorte na terceira, que foi chutada para fora. Dessa forma, o Mengão chega a mais uma decisão carioca, em sua longa e gloriosa história, frente ao surpreendente Madureira, por quem foi goleado, há poucos dias, por 4 a 1. Certamente é uma sensação inenarrável, a de Bruno, de se tornar ídolo da maior torcida do Brasil e em pleno Maracanã, o “templo do futebol br4asileiro”. Enquanto isso, o Corinthians, que sequer tentou segurar o atleta em seu plantel, continua trocando goleiro após goleiro, sem que nenhum se fixe na condição de titular. Parabéns ao jovem atleta. Isso sim é que é dar a volta por cima, e com classe.

SÃO PAULO FAZ HISTÓRIA, DE NOVO

O São Paulo, ao vencer o tinhoso Bragantino, ontem, no Morumbi, em jogo válido pelo Campeonato Paulista, mais uma vez fez história. Completou 25 partidas consecutivas sem derrota, na sua segunda maior série invicta desde que foi fundado. É verdade que o tricolor não jogou uma partida brilhante, mas fez o suficiente para vencer e se manter a apenas um ponto de distância do líder Santos. Seu grande destaque foi o lateral Jadilson, que barrou nada mais nada menos do que o pentacampeão Junior, e foi o autor do belo gol que assegurou a nova vitória são-paulina. É verdade que muita água ainda deverá rolar por baixo da ponte neste Paulistão, que em 2007 será decidido não por pontos corridos, mas com a volta do mata-matas. Todavia, tudo indica (e mais do que nunca) que a decisão da competição deverá envolver o Santos, atual campeão e em busca do bicampeonato, e o São Paulo, atualmente o clube mais bem organizado e com melhor plantel do futebol brasileiro. A menos que alguma zebra interiorana galope pelos campos paulistas e arrebate o título desses bichos-papões, é o que se pode esperar.

RESPINGOS...

· O Noroeste foi surpreendido, em casa, pelo América e não saiu de um empate, por 1 a 1, com o time de São José do Rio Preto (agora de treinador novo).
· Um time que vem pintando como provável classificado entre os quatro melhores, para disputar o título do Paulistão deste ano, é o Paulista de Jundiaí. Ontem, os comandados de Wagner Mancini derrotaram o São Bento, por 2 a 1, em plena Sorocaba.
· O Santos, de Wanderley Luxemburgo, redimiu-se da derrota da semana passada para o São Bento, na Vila Belmiro, e mesmo com um time misto, foi a Marília e derrotou o time local por 1 a 0. Importantíssimo o resultado do Peixe.
· Araújo parece estar voltando aos seus melhores dias. Ontem, fez dois belos gols, na goleada do Cruzeiro, no Mineirão, por 4 a 1.
· E o Corinthians segue patinando no Campeonato Paulista. Limitou-se a empatar, em pleno Pacaembu, com o fraquíssimo Rio Branco, por 1 a 1. E teve, mais uma vez, dois jogadores expulsos. Parece que as expulsões já viraram rotina dos comandados do truculento Emerson Leão.

* E fim de papo por hoje. Entre em contato, para críticas e sugestões.


pedrojbk@hotmail.com

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