Uma das principais características humanas é a imitação. Consciente ou inconscientemente, imitamos nossos pais, amigos, mestres, ídolos esportivos, artistas de cinema e televisão, astros pop etc.etc.etc. Não raro, até, copiamos nossos maiores desafetos. Pior é quando cismamos de imitar rematados pilantras, perigosos bandidos ou irrecuperáveis marginais. Se não formos a este extremo, porém, não vejo mal algum na imitação. Aliás, é este mimetismo que nos caracteriza como animais. Há quem queira, porém, ser original, único e inimitável. Perguntaram-me, certa feita, o que fazer para atingir o grau máximo da originalidade. Respondi: “ame o próximo como Cristo amou; seja firme em sua fé como Abrahão foi quando Deus ordenou que imolasse seu filho único Isaac e seja mais criativo e prolífico do que Leonardo da Vinci, e tudo isso simultaneamente. Talvez, então, você se aproxime alguns passos da originalidade. Talvez.” Theodore Adorno constatou a respeito: “O homem estabelece-se na imitação: um homem torna-se um homem apenas imitando outros homens”. Ou você se acha original e inimitável?
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