Tuesday, April 08, 2008

REFLEXÃO DO DIA


O amor, na verdade, não é um sentimento isolado, único, mas um conjunto de sensações e emoções (não raro contraditórias) que nos toma por inteiro e preenche todo o nosso tempo, às vezes toda a nossa vida. Pode até acabar (de morte natural ou não), mas sempre haverá de nos deixar profundas marcas, em que se misturam saudade e despeito. Supera as limitações do tempo, não tem passado ou futuro e é um eterno presente, mesmo que sobreviva apenas na recordação. Paradoxal, o amor nos proporciona o máximo do prazer e os mais intensos sofrimentos, de acordo com as circunstâncias. É a feliz união entre a emoção e a razão, entre o concreto e o abstrato, entre o instintivo e o racional. É, simultaneamente, egoísmo e altruísmo, posse e doação, carne e espírito. O jornalista e escritor Marcello Rollemberg define-o de uma forma pitoresca e ao mesmo tempo, poética. Escreve: “Amar é um eterno cerzir de emoções e busco meus fantasmas para flertar com o passado”.

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