Sunday, August 31, 2014

A invenção do zero foi uma das mais revolucionárias, ousadas e úteis criações da fértil mente humana. Produziu resultados impressionantes, que quase nunca (ou nunca mesmo) nos damos conta quando estudamos História. Raramente valorizamos isso e muitos vão até mais longe e, de maneira arrogante e estúpida, torcem o nariz diante dessa constatação. Parece uma coisa extremamente simples, que qualquer um poderia ter inventado, mas não é. Essa invenção trouxe mudanças fundamentais às ciências e à economia que, sem ela, provavelmente não ocorreriam. Desconhece-se, ironicamente, o inventor desse revolucionário conceito. Uma pena! A simbolização do vazio, do nada, do que é inexistente, como se fosse um valor concreto, possibilitou, sobretudo, a estruturação da matemática, sem a qual não teríamos construções, máquinas, ciências, tecnologia, comércio e praticamente nada. Como se vê, é nas coisas aparentemente ínfimas e triviais que a genialidade humana se manifesta de maneira mais aguda e eficiente.

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Ocidente neutraliza triângulo dos radicais


Pedro J. Bondaczuk


O rompimento de relações diplomáticas da Grã-Bretanha com a Síria, decidido ontem, como conseqüência de uma alegada participação do regime de Damasco no planejamento de um frustrado atentado a bomba contra um avião da empresa aérea israelense El Al, ocorrido em 17 de abril passado, no aeroporto londrino de Heathrow, era algo há algum tempo esperado. Talvez não em decorrência desse incidente, especificamente, por cuja responsabilidade um jornalista jordaniano (que foi o seu autor) foi condenado a 45 anos de prisão.

Mas o caso serviu bem aos propósitos britânicos, para manifestar sua posição de força contra os terroristas e os Estados que, segundo afirmam, os patrocinam. Após a ruptura com o governo de Damasco, os aliados dos Estados Unidos e de Israel fecharam o cerco contra os três Estados radicais, que formam uma espécie de triângulo com vértices em regiões diferentes da área: Líbia, no Norte da África; Síria, no Oriente Médio e Irã, no Golfo Pérsico.

Os primeiros a serem isolados foram, obviamente, os iranianos, ainda no calor dos acontecimentos da ocupação da embaixada norte-americana em Teerã, por parte de estudantes fundamentalistas xiitas, que mantiveram 53 reféns em seu poder por tormentosos 444 dias.

O pólo seguinte a ser neutralizado foi o regime do coronel líbio Muammar Khadafy, que começou a ser segregado ainda em 1984 (em abril daquele ano), quando um tiro, que teria partido do interior da sua embaixada, em Londres, ceifou a vida da policial inglesa Yvonne Fletcher, fato que levou o gabinete da primeira-ministra Margaret Thatcher a determinar o rompimento de relações diplomáticas com Trípoli.

Posteriormente, foi a vez dos Estados Unidos hostilizarem a Líbia. Primeiro, usando como pretexto o fato desse país considerar como sendo suas águas territoriais uma vasta extensão do Golfo de Sidra, que Washington, para criar um estado de conflito, passou a jurar que eram internacionais. Posteriormente, não se sabe surgidas de que maneira e baseadas em que comprovações, o governo de Khadafy passou a ser acusado pela Casa Branca pela onda de terrorismo que grassava na Europa no início do ano.

A gota que faltava para justificar uma !exemplar represália”, no entanto, foi a explosão ocorrida na boate “La Belle”, em Berlim Ocidental, que causou a morte de um soldado norte-americano, que prestava serviços em território germânico, e de sua acompanhante, verificada em 2 de abril passado.

Não as sabe por quais mágicas, o ato terrorista acabou relacionado à Líbia. E duas semanas depois, as cidades de Trípoli e Benghazi foram bombardeadas, sem esta ou mais aquela, ante os olhares passivos da comunidade internacional.

Para completar o triângulo, faltava, ainda, um vértice para ser isolado: a Síria. É o que a Grã-Bretanha acaba de fazer, rompendo com Damasco, aliás, de conformidade com o que já havia sido previamente decidido na reunião de cúpula dos líderes dos sete países mais industrializados do mundo, realizada em maio, em Tóquio, no Japão.

Após aquele encontro, os analistas tinham certeza que qualquer tipo de represália aos sírios era, apenas, questão de tempo e de oportunidade. Só não sabiam a que país caberia essa tarefa. Se aos Estados Unidos, cujo governo tem uma dívida com Hafez Assad, por ele ter interferido junto aos xiitas libaneses e conseguido a libertação dos reféns norte-americanos aprisionados em junho de 1985, quando do seqüestro do Boeing da TWA; se a Israel ou se a algum aliado europeu. Coube aos amigos de Washington na Europa (por sinal, ao mais leal deles) pôr em execução o que já havia sido há muito decidido.

Se mais esse rompimento vai resolver a questão do terrorismo, é coisa para se conferir mais para frente. Tudo indica que não. Ao contrário, a Síria, virtualmente, detém o controle de fato sobre o Líbano, onde atualmente se concentra a maioria dos grupos radicais.

Se Damasco é, de fato, um Estado que patrocina facções extremistas, o que se espera, assim que a poeira baixar, é uma grande profusão de atentados. Se não é, as possibilidades também são nesse sentido, já que há três países virtualmente eleitos para levar a culpa. Não é através desse tipo de estratégia, com certeza, que o problema será resolvido. É só conferir, mais para a frente, para constatar essa realidade.     

(Artigo publicado na página 9, Internacional, do Correio Popular, em 25 de outubro de 1986)


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A solidão que dói

Pedro J. Bondaczuk

O jornalista Mauro Santayana escreveu, em certa ocasião, em um de seus tantos (e lúcidos) artigos que a “educação para a vida deveria incluir aulas de solidão”. Não me recordo o título, a data e o jornal (ou revista) em que o texto que contém essa citação foi publicado e nem qual era sua contextualização. Só sei que o li, anotei, concordei com ele após refletir a respeito e peço licença para partilhar as reflexões que essa declaração me suscitou com vocês. Se tem uma coisa que raras pessoas sabem (se é que alguém saiba) esta é como conviver com a solidão. Eu, pelo menos, não sei. E faço o possível e o impossível para evitá-la, quando dá para fazer isso. Nem sempre dá.

Não me refiro àquela solidão ocasional, temporária, decidida por nós, aquela pausa que volta e meia reservamos para meditar, ler ou escrever. Essa sequer dói, pois sabemos que no momento que quisermos, poderemos romper esse isolamento, pela certeza de que em nossa casa estão pessoas que nos amam e nos completam. A dolorosa e angustiante, óbvio, não é esta. É a que às vezes somos forçados a suportar à nossa revelia. É a perda de uma pessoa querida, de cuja presença não poderemos mais privar, ou por algum tempo, ou por muito tempo ou para sempre, em virtude de viagem, de rompimento definitivo de um relacionamento ou, pior, da morte desse alguém que amamos. Essa solidão dói, e dói demais. E muitas vezes é dor incurável, mesmo que atenuada pelo tempo. É essa que precisamos aprender a administrar, de sorte que seja a menos dolorosa possível.

Admito que já escrevi muito a propósito e nunca consegui esgotar o tema. Desconfio que seja inesgotável. Abordei profusamente, e em diversas ocasiões, aquela solidão que sentimos, paradoxalmente, em presença de outras pessoas. Não é física, porém emocional. É caracterizada, principalmente, pela indiferença de quem amamos, mas que não nos entende e nem nós a entendemos. Essa, desconfio, é irremissível. Temos que suportar essa solidão, de preferência longe desse alguém – que amamos, que às vezes nos ama, mas  que está separada de nós por um abismo não raro intransponível.

A esse propósito, ou seja, sobre a necessidade do aprendizado para conviver com a solidão, lembro-me de uma composição muito antiga, de uns 60 anos ou mais, dos irmãos Marcos e Paulo Sérgio Valle, intitulada, justamente, de “Preciso aprender a ser só”. Essa canção foi sucesso na voz de vários cantores diferentes, a começar por Maysa Matarazzo, passando por Ellis Regina, por Tim Maia e vai por aí afora. Para quem não a conhece, ou não se lembra dela, recomendo que a busque no Youtube. Não vai se arrepender. O que me chamou a atenção, óbvio, não foi a melodia, belíssima, mas letra, que diz:

“Ah, se eu te pudesse fazer entender
Sem teu amor eu não posso viver
Que sem nós dois o que resta sou eu
Eu assim tão só
E eu preciso aprender a ser só
Poder dormir sem sentir teu calor
A ver que foi só um sonho e passou
Ah, o amor
Quando é demais ao findar leva a paz
Me entreguei sem pensar
Que a saudade existe e se vem
É tão triste, vê
Meus olhos choram a falta dos teus
Esses teus olhos que foram tão meus
Por Deus entenda que assim eu não vivo
Eu morro pensando no nosso amor
Por Deus entenda que assim eu não vivo
Eu morro pensando no nosso amor
Ah o amor
Quando é demais ao findar leva a paz
Me entreguei sem pensar
Que a saudade existe e se vem
É tão triste, vê
Meus olhos choram a falta dos teus
Esses teus olhos que foram tão meus
Por Deus entenda que assim eu não vivo
Eu morro pensando no nosso amor.”

A solidão, por sinal, inspirou e continua inspirando poetas, de todas as gerações e de todas as partes do mundo. Os versos de alguns poemas são belíssimos e chegamos a decorar muitos deles. Mas o sentimento que os inspira é que são elas. Fugimos da solidão caracterizada pela perda de um amor, que não considero nada bela. Fazemos o possível e o impossível para nos livrar da que é causada pela incompreensão e falta de sintonia. E rogamos aos céus que nos livrem da solidão irreparável, que é a da morte de quem amamos.

Partilho com vocês dois poemas, referentes ao tema, compostos por poetas de épocas, países e estilos distintos, para ilustrar estas reflexões, que mostram, todavia, posturas parecidas face essa questão. O primeiro é do austríaco Rainer Maria Rilke e diz:

A Solidão

“A solidão é como chuva.

Sobe do mar nas tardes em declínio;
das planícies perdidas na saudade
ele se eleva ao céu, que é seu domínio,
para cair do céu sobre a cidade.

Goteja na hora dúbia quando os becos
anseiam longamente pela aurora,
quando os amantes se abandonam tristes
com a desilusão que a carne chora;
quando os homens, seus ódios sufocando,
num mesmo leito vão deitar-se: é quando
a solidão como os rios vai passando...”

O segundo poema é de Guilherme de Almeida, o campineiro que, quando vivo, ostentou o título de “Príncipe dos Poetas brasileiros”, exposto nestes termos:

Solidão

“Busquei meu semelhante.
Andei a vida,
andei o mundo:
andei o tempo,
andei o espaço.
Treva. Treva. Treva.
Acendi minha lâmpada.
Véu que saiu do meu corpo,
ritmo que saiu do meu gesto:
um crepe em vôo
atirou-se no chão,
subiu pela parede,
debateu-se contra o teto.

Nem minha própria sombra
se parece comigo”.

Diante do exposto, estou mais convicto do que nunca da exatidão da constatação de Mauro Santayana, de que a “educação para a vida deveria incluir aulas de solidão”. Resta saber quem seria o professor adequado, o habilitado a ministrá-las. Todavia, como os irmãos Valle ressaltaram, eu também “preciso aprender a ser só”. E como!!! E logo!!!


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Saturday, August 30, 2014

Quanto mais intensa for alguma emoção, maiores serão as impossibilidades delas serem expressadas por palavras. Tudo o que dissermos ou escrevermos a respeito não passará de ridícula e distorcida caricatura desses sentimentos. Não se pode racionalizar o irracional. Emoção e razão são dois compartimentos distintos e estanques. Para se expressar um grande amor, de forma minimamente inteligível, só há uma maneira de dar certo: é amando. E, assim mesmo, é indispensável que haja reciprocidade por parte da pessoa alvo desse amor. Caso contrário... As descrições que se fizerem não passarão de palavras ao vento que até podem encantar os basbaques, mas que serão despidas de conteúdo. Mais uma vez, portanto, sou levado a concordar com Fernando Pessoa, quando escreve: “Quando puderes dizer o teu grande amor, deixa o teu grande amor de ser grande”. E deixa mesmo. Qualquer um pode comprovar a veracidade dessa óbvia constatação.

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Intransigência de Reagan


Pedro J. Bondaczuk


O presidente norte-americano, Ronald Reagan, mantém-se irredutível em sua tentativa de depor o regime sandinista da Nicarágua, posição que ele demonstrou, com uma clareza cristalina, um dia após serem divulgados os resultados oficiais das eleições nos EUA, indicando sua esmagadora vitória sobre o democrata Walter Mondale.

Em contraposição, Daniel Ortega, depois de ser consagrado nas urnas como o primeiro presidente nicaragüense eleito em muitos anos, ao menos publicamente vem assumindo uma posição conciliadora diante de Washington, dispondo-se a atender a praticamente todas as exigências que partem da Casa Branca.

Essa diferença de posturas evidenciou-se no correr desta semana. Enquanto Reagan, terminada a proibição de um ano (determinada pelo Congresso de seu país) de ajudar financeiramente os anti-sandinistas, procurou, com todo o empenho, demonstrar o perigo que representa um novo regime marxista nas proximidades dos EUA, o presidente sandinista fez diversas concessões, há tempos exigidas. Como, por exemplo, mandar de volta a Cuba cerca de cem assessores militares. Ou libertar, e entregar aos representantes do Grupo de Contadora, o jovem Urbina Lara, que em outubro havia pedido asilo político à Costa Rica e que foi retirado, à força, da embaixada costarriquenha em Manágua, fazendo com que este país (secundado por El Salvador e Honduras) abandonasse uma importante reunião do Grupo de Contadora, que deveria ser realizada, há dez dias, na Cidade do Panamá.

Reagan quer, de todas as maneiras, fazer com que o Congresso dos EUA aprove uma verba de US$ 14 milhões, para financiar a guerrilha anti-sandinista, com bases nos vizinhos da Nicarágua. Classificou o atual governo nicaragüense de "indecente" e afirmou ser necessário "removê-lo".

Posteriormente, comparou o regime sandinista de uma nova Líbia, um verdadeiro "armazém de terrorismo". Suas invectivas foram acompanhadas de duros pronunciamentos, também, do secretário de Estado, George Shultz, e do vice-presidente, George Bush. Foi um autêntico show de frases feitas.

O arremate final de toda essa pantomima foi dado anteontem à noite pelo presidente norte-americano, num jantar da Comissão de Ação Política Conservadora, em Washington, quando ele afirmou ser contrário ao envio de tropas à América Central, mas que os "contras" precisam ser sustentados e amparados, os comparando, até, com os que combateram pela liberdade e independência dos EUA nos primórdios dessa grande nação. è claro que propositadamente ele exagerou em suas colocações.

O que na verdade a Casa Branca deseja não é tanto derrubar o governo sandinista, como pode, em princípio, dar a impressão. A Nicarágua é apenas pretexto para Reagan demonstrar a sua força perante um Congresso rebelde, e que cada vez mostra mais tendências de não estar propenso a "desperdícios" de verbas com aventuras militares, que nada acrescentam.

Afinal, quem garante ao presidente que os rebeldes anti-sandinistas vão seguir uma política de docilidade em relação aos EUA, nos moldes de Honduras e da Costa Rica?! Quem pode afirmar com certeza que os guerrilheiros, assim que conquistarem o poder, não irão travar uma luta fratricida, para dividir os espólios, causando muito maior instabilidade na região do que atualmente?

Afinal, são diversos os grupos que combatem o regime de Ortega. É claro que os seus respectivos líderes, dos quais pelo menos quatro têm grande destaque, como Adolfo Callero Portocarrero, da Frente Democrática Nicaragüense; Stedman Fagoth, do Grupo Misurata, que congrega indígenas misquitos, ramas e sumos; Éden Pastora Gomez, o "Comandante Zero", que desertou das fileiras do sandinismo; além de Fernando "Negro" Chamorro e o seu grupo político, Alfonso Robello, querem, apenas, o poder para si.

Todos eles, certamente, estão lutando, não porque acreditem que a Nicarágua não deva ser um país marxista na América Central. Há muita ambição pessoal envolvida nisso, sem dúvida alguma. E ninguém garante, por exemplo, que após a vitória (se essa vier a acontecer eventualmente algum dia), qualquer um dos três chefes guerrilheiros preteridos para ocupar o governo não venha a recorrer aos préstimos cubanos, ou soviéticos, para impor as suas pretensões.

Ao invés de buscar, afanosamente, custear o terror, que Washington (mui justamente) abomina, não seria mais sensato e humano prestigiar as gestões do Grupo de Contadora e obter concessões dos sandinistas, pacificando, dessa maneira, esse atormentado país?

Afinal, desde o dia em que foi eleito e concedeu anistia aos guerrilheiros que depuserem as armas, Daniel Ortega demonstrou estar disposto a ceder, desde que lhe seja dada a oportunidade de governar a Nicarágua em paz.

(Artigo publicado na página 2, Opinião, do Correio Popular, em 3 de março de 1985).


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Puríssima fantasia

Pedro J. Bondaczuk

A pergunta que não quer calar, que é feita pelo homem desde que se conscientizou que a Terra não era o centro do universo, que existiam outros mundos, provavelmente mais do que os grãos de areia de todas as praias e desertos do nosso Planeta é: “Estamos sós no universo?”. A intuição – mas exclusivamente ela, sem que eu tenha (e ninguém tem) a mais remota comprovação – é sim. Da minha parte não se trata de convicção. Apenas “intuo” que haja essa possibilidade.

Mesmo que ela exista, a questão seguinte, que emergirá de imediato, será: essa hipotética vida seria, mesmo que remotamente, sequer parecida com o que conhecemos? Seria inteligente? Em caso positivo, constituiria uma civilização, mesmo que em estágio primitivo? Prosseguindo nessa corrente de suposições, teria tecnologia mais avançada do que a nossa a ponto de poder se aventurar a explorar outros mundos?

Sei que esse é um assunto sem nenhum sentido prático. Não vai resolver nenhum dos múltiplos problemas do nosso cotidiano ou que afetam a humanidade e que, tudo indica, ameaça nossa sobrevivência, sem que se faça nada para a nossa proteção não mais em longo prazo, mas no médio, se não no curto, se não mais ainda, no curtíssimo. Sou um tanto cético a esse propósito e não raro sou alvo de críticas dos que acreditam em Ovnis, ETs e quejandos, como se tivessem “provas” do que apregoam com tamanha ênfase que eu não disponho.

Como afirmei acima, acredito que, na vastidão do universo, haja, de fato, vida. Não tenho, todavia, nem mesmo remota intuição (e muito menos convicção) de que, caso exista, seja sequer minimamente inteligente. E supondo que tenha inteligência, que esta seja superior à nossa. E continuando nessa linha de suposição, que tenha tecnologia para empreender viagens espaciais. Por fim, no suprassumo da suposição, caso todas as respostas, a cada uma dessas questões, seja afirmativa, que esses hipotéticos (na verdade, fantasiosos) extraterrestres venham, algum dia, parar neste planetazinho azul de um sistema planetário de uma estrela de quinta grandeza, situada na “periferia” de uma galáxia que denominamos de Via Láctea.

Qual a razão do meu ceticismo? Todas possíveis. A principal refere-se às distâncias absurdamente imensas que separam nosso mundinho dos demais. Para se ter uma idéia, calcula-se que a estrela mais próxima do nosso sistema solar – que justamente por causa dessa proximidade foi batizada de Proxima Centauri – esteja longe de nós a 4,22 anos luz. Isso quer dizer que, para chegarmos até ela, viajando à velocidade da luz, que é de 300 mil quilômetros por segundo, levaríamos 4,22 anos para alcançá-la. Aos desavisados, parece factível. Claro que não é. Se compararmos essa distância com a velocidade máxima já alcançada por uma nave terrestre tripulada, o tempo necessário para chegar a Próxima Centauri seria de, aproximadamente, o número de anos que o ser humano existe. E estou me referindo, exatamente, à estrela mais perto de nós.

Para que essa noção de distância fique mais clara, transformemos os 4,22 anos luz em quilômetros. Teremos a fórmula 4 x 10 elevado à décima terceira potência. Ou seja 40.000.000.000.000 quilômetros. E estou me referindo, reitero, à estrela mais próxima do nosso Sistema Solar. Façam a comparação com a Lua que, em relação a essa estrela, fica logo ali. Nosso satélite natural fica a 384.400 quilômetros da Terra. Notaram a diferença? Ademais, a probabilidade de que Proxima Centauri, que é uma anã vermelha, tenha planetas ao redor é zero. Pode-se afirmar, com quase 100% de segurança, que não tem nenhum. E muito menos algum “habitável” pelo ser humano, com temperatura adequada para que haja água em estado líquido, além de atmosfera com a exata mistura de gases que a nossa Terra tem.

Se para se chegar à estrela mais próxima de nós, na velocidade máxima suportável pelo ser humano, seria necessária uma viagem com duração de milênios, imaginem chegar às mais distantes! Nem o homem poderá jamais atingi-las e nem hipotéticos seres inteligentes, com inteligência e tecnologia absurdamente desenvolvidas, poderão chegar até nós. Fantasiar a propósito, todos nós podemos (e até devemos, como saudável exercício de criatividade). Mas é absurdamente ridículo levar essas fantasias a sério. Portanto, que me perdoem os crédulos, muitos dos quais já deixaram de ser meus amigos por causa do meu ceticismo a respeito. Deixem dessa bobagem de naves interestelares que vocês dizem, convictos, que nos visitaram no passado e que nos visitam com freqüência, esqueça a tolice de extraterrestres e de abduções e contatos de primeiro, segundo e terceiro graus e se concentrem, exclusivamente, na tarefa, nada fácil, porém imediata, de tentar salvar nosso mundinho que está em perigo. Tudo isso que vocês classificam de “fatos” não passa de puríssima fantasia, prato cheio para escritores de ficção científica. É questão da mais cristalina e elementar das lógicas, ora bolas.

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Friday, August 29, 2014

Que a Filosofia é a “mãe” de todas as ciências, disso não há a menor dúvida. O próprio significado da palavra, “estudo da vida”, indica isso. Originou-se da curiosidade do homem primitivo, ávido em saber quem era, onde estava e para onde iria. Aliás, estas três questões, ainda hoje, em pleno Século XXI, não foram respondidas de forma cabal, de sorte a não gerarem a mínima dúvida. No princípio, a Filosofia era simples, acessível a todas as pessoas dos vários clãs e não tinha “donos”. Até que alguns espertalhões se apropriaram dela e complicaram tudo. Criaram uma série de mirabolantes teorias, que se conflitavam umas com as outras; incorporaram jargões inteligíveis apenas para uma minoria de “iniciados” e a “mãe de todas as ciências” deixou de ser popular. Todos somos, de certa forma, “filósofos”, mesmo que sequer saibamos ler, na medida em que buscamos, mediante nossa vivência e experiência pessoal, respostas para os inúmeros “por quês” da vida.


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Invasão do crack


Pedro J. Bondaczuk


O crack, droga formada por resíduos da cocaína, muito popular nos Estados Unidos, onde é consumida em larga escala, em especial na cidade de Nova York, está chegando ao Brasil. Aliás, chegar não seria bem o termo. Está se consolidando entre os viciados, com uma velocidade altamente preocupante, tendo em vista seus efeitos.

Médicos constataram que esse tóxico causa efeitos irreversíveis sobre o coração e principalmente o cérebro. Os consumidores da substância, portanto, têm uma expectativa de vida muito curta. Alguns especialistas chegam a arriscar que a morte sobrevém, no máximo, em um ano e meio. Isto sem contar os óbitos provocados por brigas entre traficantes ou por tiroteios em que os viciados se envolvem, durante assaltos para "fianciar" o vício.

A Primeira Delegacia da Criança e do Adolescente da Divisão de Homicídios da Polícia Civil de São Paulo realizou um estudo acerca do consumo de crack em sua jurisdição e dos casos de assassinato provocados direta ou indiretamente por essa utilização.

Concluiu que de cada dois menores assassinados na Capital, um é viciado nessa droga. É verdade que o número de casos analisados foi pequeno, mas permite algumas conclusões. As vítimas, em 75 homicídios tomados como base para a pesquisa, tinham entre 14 e 17 anos de idade. Outra constatação é que esses adolescentes mortos eram oriundos de famílias pobres e sobretudo problemáticas.

Os que escapar de morrer assassinados por traficantes ou pelos efeitos do crack acabaram nas mãos dos chamados "Justiceiros", na verdade bandidos comuns a soldo de comerciantes da periferia das grandes cidades, mormente São Paulo e Rio de Janeiro, que ordenam essas execuções por uma série de motivos, que vão desde a vingança à "queima de arquivos".

Esse tóxico vem juntar-se à cola de sapateiro vastamente consumida por crianças, algumas de apenas oito anos de idade e se torna uma praga a mais que precisa ser erradicada. Mas quem o fará? O menor abandonado, a rigor, apenas é lembrado em épocas de campanha política por candidatos aos vários cargos públicos.

O tema rende votos, dá cartaz, mas poucos têm se preocupado, e mais do que isso, feito algo de efetivo para tirar essas pessoas das ruas, lhes dar alguma perspectiva de vida, que não seja a marginalidade e evitar sua morte precoce. Além de viciados, muitos desses meninos se transformam em traficantes, em troca do crack, levando companheiros de infortúnio a compartilhar do vício.

(Artigo publicado na página 2, Opinião, do Correio Popular, em 26 de julho de 1994).


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Reflexões de um escritor fascinante

Pedro J. Bondaczuk

O escritor português, José Saramago, fascina-me por sua irreverência, por suas opiniões (digamos) não convencionais e, sobretudo, por certo nihilismo intelectual, que ele não pôde, ou não quis, dissimular. Admito: a leitura de seus livros é tarefa um tanto complicada, que exige muita concentração e autodisciplina. A maioria que afirma ter lido algum deles de fato não o leu. Isso, essa mentira, é fácil de desmascarar, com duas ou três perguntas estratégicas. Li, somente, três de seus livros e essa leitura foi um exercício de paciência digno de Jó. Mas senti-me plenamente recompensado.

A maior parte das idéias de Saramago colhi, em forma de aforismos, em um site português, a que recorro com assiduidade, quando quero alguma citação de determinado escritor para refletir em torno. Nem sempre tenho tempo para colhê-la na fonte, nos livros do autor escolhido, em minha caótica biblioteca. O site em questão, “O Citador”, poupa-me o trabalho e o efeito, no final das contas, é o mesmo. Claro, quando quero contextualizar o que o escritor escolhido escreveu, não tem jeito. Sou forçado a levantar peso, a tirar uma infinidade de livros do lugar à cata da obra específica e a “alimentar”, de quebra, minha alergia, comendo um bocado de poeira. E essa se junta em profusão em papeis velhos. Nunca vi!!! Mas... deixa pra lá!

Nem todas as citações requerem contextualizações. Daí dar o valor que dou ao “O Citador”, ao qual recorro em momentos de apuros, que são mais freqüentes do que o leitor possa imaginar. No referido site português encontrei, para meu deleite, 397 aforismos de José Saramago. Muitos eu já havia assinalado em seus livros e copiado na agenda que destino a esse fim. A maioria, porém, para mim, é novidade. É sobre algumas dessas citações que o convido, amável leitor, a me acompanhar em comentários sem compromisso, alguns (não sei se a maioria) óbvios e outros tantos que talvez sejam originais.

A primeira que me chamou, em particular, a atenção, é a que se refere a arrependimento, ou mais propriamente, a não arrependimento. O escritor português escreveu, a propósito: “Se eu pudesse repetir minha infância, a repetiria exatamente como foi, com a pobreza, com o frio, pouca comida, com as moscas e os porcos, tudo aquilo”. Da minha parte, eu não repetiria essa fase da minha vida, mesmo não sendo tão dramática como a de Saramago. Mudaria muita coisa: aproveitaria melhor o que não aproveitei devidamente, faria diferente muito do que fiz e que me induziu a erros. Enfim, faria para mim outra infância, quem sabe a ideal. E você, caro leitor? Daria um replay ou faria tudo diferente?

Com a citação seguinte, das que escolhi, concordo sem por o mínimo reparo. Trata-se de uma constatação que já fiz e que até comentei com vocês. Saramago observou: “Sente-se uma insatisfação, sobretudo dos jovens, perante um mundo que já não oferece nada, só vende”. Do jeito que as coisas andam, qualquer dia desses teremos que pagar por um “bom dia”, dado pela mulher, empregada, chefe, colega de trabalho ou por qualquer outra pessoa. Não é por acaso que há tanta insatisfação no ar, mesmo que difusa, cuja causa não conseguimos expressar.

A citação seguinte vem a calhar. Diz: “Nem as vitórias nem as derrotas são definitivas. Isso dá uma esperança aos derrotados e deveria dar uma lição de humildade aos vitoriosos”. Infelizmente, não dão. Os que vencem, seja lá no que ou sobre quem, acham que a vitória, não raro pífia e sem importância, é definitiva e sem reversão. Salvo exceções, raramente é. Grande Saramago! O escritor, único de língua portuguesa a conquistar um Nobel de Literatura, era cético em relação à bondade e até à racionalidade humana. Isso fica claro nesta afirmação: “É evidente: a maldade, a crueldade são inventos da razão humana, da sua capacidade para mentir, para destruir”. E torna-se reforçado por este aforismo: “O homem é cruel, sobretudo em relação ao homem, porque somos os únicos capazes de humilhar, de torturar e fazemos isso com uma coisa que deveria ser o contrário, que é a razão humana”. E não é?!!!

Finalmente, para encerrar estas reflexões sem compromisso, que certamente não se incluirão entre minhas obras-primas, selecionei duas outras citações de Saramago para se constituírem numa espécie de “grand finale”. A primeira, refere-se à palavra que, no seu entender, é a mais necessária nestes tempos de tamanha permissividade e a segunda, sobre qual é, no seu entender, o órgão a que deveríamos dar maior atenção. Vejam se ele não tem razão. Saramago afirmou: “A palavra mais necessária nos tempos em que vivemos é a palavra não. Não a muita coisa, não a uma quantidade de coisas que eu me dispenso a enumerar”. E é preciso fazer essa enumeração? Claro que não!

Finalmente, a citação que reproduzo para encerrar estas insólitas reflexões, é esta: “Acho que damos pouca atenção àquilo que efetivamente decide tudo em nossa vida, ao órgão que levamos dentro da cabeça: o cérebro. Tudo o que estamos dizendo aqui é um produto dos poderes e das capacidades do cérebro: a linguagem, o vocabulário mais ou menos extenso, mais ou menos rico, mais ou menos expressivo, as crenças, os amores, os ódios, Deus e o diabo, tudo está dentro da nossa cabeça. Fora da nossa cabeça não há nada”. E por acaso há?


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Thursday, August 28, 2014

Fala-se muito, nos meios políticos (em especial em vésperas de eleições), na necessidade de respeito irrestrito aos direitos dos cidadãos. Concordo, mas apenas parcialmente. Quem tem que ser respeitado de forma irrestrita é o ser humano. Temos direitos naturais que ninguém, a pretexto algum, pode violar. Não podemos ser forçados por quem quer que seja a fazer o que não queremos, em circunstância alguma, desde que, claro, isso não prejudique ninguém. Cada vez mais, o homem é tratado como objeto, robô manipulável, títere e não como ser racional, detentor de necessidades, idéias e direitos próprios. A palavra “liberdade” há muito foi desvirtuada e é interpretada ao gosto e à feição dos detentores do poder. Posso, por exemplo, ser um talentosíssimo artista, poeta, músico, pintor ou sabe-se lá o quê, e não ser cidadão. Ou seja, viver no isolamento, no campo ou nas montanhas e, ainda assim, minha vontade e meus direitos têm que ser respeitados sempre!


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